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Tecnologia Sábado, 17 de Junho de 2023, 14:47 - A | A

Sábado, 17 de Junho de 2023, 14h:47 - A | A

Coluna Tecnologia

Empresas brasileiras são vítimas de ciberataques

Uma parcela de 5% das instituições nacionais perdeu todos os dados após sofrer invasões em seus sistemas

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A digitalização dos processos empresariais e administrativos trouxe mais agilidade e eficiência para os negócios. Afinal, foi com a Era da Informação e os bancos de dados que se tornou possível analisar tendências e performance em tempo cronológico, seriado e real. Mas, por se tratar de uma nova tecnologia e, consequentemente, estar conectada em rede, existem os riscos de invasões, especialmente nos sistemas mais vulneráveis.

A Arcserve encomendou uma pesquisa de nível global para averiguar a segurança dos dados dentro das corporações. Japão, Estados Unidos, Canadá e Índia registraram um percentual médio de 2% de empresas vítimas de ciberataques. Nesse estudo, que considerou 11 países, o índice brasileiro foi acima da média, com o total de 5% de empresas que confirmaram ter perdido todos os dados após um ataque.

Ataques cibernéticos

São considerados ciberataques os movimentos ofensivos em rede de computadores, dispositivos ou sistemas para expor, alterar, roubar, sequestrar ou destruir informações armazenadas em hardwares, aplicativos e na nuvem. A coordenação dessas ameaças deriva tanto de organizações criminosas como de hackers com patrocínio estatal, amadores e hacktivistas.

Os alvos variam conforme a atividade de cada empresa, podendo ser registros de propriedade intelectual, banco de dados de clientes, conteúdo financeiro, entre outros. Via de regra, utilizam quatro padrões de investidas: DDoS, DoS e malwares para fazer o servidor ou sistema falhar; entrada DNS e SQL para manipular ou roubar informações; phishing e exploração para pegar os dados mais valiosos; e ransomware, que invade e desativa o sistema até receber o resgate.

Independentemente da via, ao acessar ilegalmente os dados, os hackers causam prejuízos financeiros direta ou indiretamente. Até porque é comum que o negócio fique um período inativo até conseguir reorganizar as operações. Frente aos desgastes e perigos apresentados pelos crimes digitais, tem crescido a demanda por estratégias de blindagem e proteção de dados.

Segurança digital

Tendo em vista que as informações são fundamentais para as companhias, é urgente conhecer e aplicar as soluções da segurança cibernética. Assim como outros investimentos preventivos, este faz parte de condutas de salvaguarda. Dentre os planos de ação prioritários, está a realização de backup. A empresa que encomendou a pesquisa mundial sobre os ciberataques recomenda, inclusive, o 3-2-1-1.

Esse modelo é uma estratégia amplamente utilizada por grandes corporações, pois diminui as brechas para invasores e suas consequentes perdas. Resumidamente, consiste na reprodução de cópias sequenciais dos dados em três backups, sendo dois em diferentes mídias (HD e pendrive, por exemplo) e outro em salas-cofres, ou seja, espaços que ficam fora da empresa.

Outra saída para aumentar o nível de proteção da base empresarial é a constituição de um time técnico montado com profissionais de TI. No currículo, deve-se observar as competências e certificações, como a presença de um curso de computação em nuvem. O domínio dessas linguagens e tecnologias é indispensável para construir os caminhos necessários à blindagem cibernética.

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