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Cotidiano Quarta-feira, 11 de Janeiro de 2017, 11:55 - A | A

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Reunião

Comunidade Surda tem reunião com deputados e representantes sindicais da Educação

Mudança na estrutura do CEADA causa protestos e mobilizações pela comunidade Surda

Flavia Andrade
Capital News

Divulgação/Assessoria

Comunidade Surda tem reunião com deputados e representantes sindicais da Educação

Mudança na estrutura do CEADA causa protestos e mobilizações pela comunidade Surda

Nesta Terça-feira (10), o Líder dos Surdos do Mato grosso do Sul, Adriano Gianotto, reuniu-se com Comissão de Organização criada entre Fetems e ACP, para acompanhar a família dos surdos, em parceria entre o Conselho Estadual de Educação, representado pela Professora Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, juntamente com o deputado Pedro Kemp, deputado Cabo Almi, Lucílio Nobre, Presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) , Roberto Magno Botareli Cesar, Presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), professores e outros.

Com apoio forte, a reunião foi para falar sobre o movimento e para encaminhar propostas para que o Estado analise o funcionamento do Centro de Atendimento ao Deficiente da Audiocomunicação (CEADA).

Mato Grosso do Sul conta com o CEADA desde 1986, um Centro-Escola estadual para atender deficientes da audiocomunicação oferecendo atendimentos e a escolaridade de primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. De acordo com o Líder dos Surdos do Mato Grosso do Sul, Adriano Gianotto, “para o surdo adquirir sua primeira língua, a Libras, ele precisa estar imerso nela. Porém, 95% dos pais são ouvintes, Então a situação lingüística para o surdo não é favorável”, pontua Gianotto.

Divulgação/Assessoria

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Mudança na estrutura do CEADA causa protestos e mobilizações pela comunidade Surda


Ainda segundo Adriano, o Ceada passou por mudanças educacionais de acordo com a trajetória histórica que a educação de surdos percorria nacionalmente. Passou pela abordagem do Oralismo da Comunicação Total, até se aponderar do Bilinguismo, em que a primeira língua do surdo é a língua de sinais, que é viso-espacial e a segunda língua o português oral e/ou escrito.

“Com essas alterações, o Ceada tornou-se um espaço lingüístico para o surdo percorrer seu desenvolvimento acadêmico na sua língua materna. Embora recebendo críticas de quem defende Oralismo aos surdos, mostravam-se fortalecidos com sua língua, com sua entidade surda, mostrando até mesmo a seus pais, que a educação bilíngüe era possível. Mas, fecharam as portas da escolaridade do Ceada para 2017 ao invés de proporcionarem o incentivo à Libras e a comunidade surda”, finaliza Líder do Movimento dos Surdos do MS.

Com essa reunião, a Secretaria de Educação solicitou uma reunião na tarde desta quarta-feira (11), para tratar sobre os assuntos relacionados ao atendimento do Centro de Atendimento ao Deficiente da Audiocomunicação (CEADA), e nesta quinta-feira (12) haverá a partir das 9h, um protesto em frente a Governadoria que irá até a sede da Secretaria de Educação, localizados no Parque dos Poderes, da Capital.

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Mudança na estrutura do CEADA causa protestos e mobilizações pela comunidade Surda

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