Novo presidente da Câmara, Mario Cesar defende boa relação com Bernal e Zeca do PT

Eleito presidente da Câmara Municipal de Campo Grande com o apoio do governador André Puccinelli, o vereador Mario Cesar (PMDB) recebeu uma equipe do Capital News em seu gabinete de vereador (as paredes da Presidência, explicou, estavam sendo pintadas) e falou que quer ter um bom relacionamento com o prefeito Alcides Bernal e também com os vereadores da oposição, entre eles o ex-governador Zeca do PT.

Na entrevista gravada na última quinta-feira (3), Mario Cesar lembrou que Bernal foi vereador com ele e que os dois sempre tiveram um bom relacionamento.

Mario Cesar falou ainda sobre as adequações na Câmara, o sorteio de gabinetes, e até sobre questões mais polêmicas como o aumento salarial dos vereadores.

Ele contou ainda que irá conversar com o prefeito sobre o aluguel do prédio da Câmara e também sobre outras questões, como a destinação da antiga rodoviária - um imóvel abandonado na região central da cidade.

Capital News - Já está pronta a presidência? Mudou a decoração?

Mario Cesar – (risos)

Capital News – Está instalado lá?

Mario Cesar – Estamos se instalando lá, né? Tanto é que está pintando a sala ainda, estou me adaptando a essa nova realidade.

Capital News – Já estou gravando a entrevista, começando a gravar.

Mario Cesar – Beleza.

Capital News – O senhor já tomou pé de como está a situação da Casa? O senhor teve o apoio do Paulo Siufi, ele faz parte da Mesa Diretora.

Mario Cesar – Vou ser bem sincero com você. Estou tomando pé. Tanto que hoje (3) vou sentar com o pessoal do RH para ver toda a realidade da Câmara. Nós tínhamos que criar novos cargos na primeira sessão logo, na extraordinária, para se adequar à nova realidade. Eram 21 vereadores passamos a 29 vereadores. Estou me interando de todo o RH, de tudo isso hoje, pedi para prepararem novos relatórios, tudo para gente começar... tudo exonerado, né? Os comissionados foram exonerados todos, como foi na Prefeitura, como é em toda mudança de mandato, para eu poder começar a fazer a nova administração. Como é toda mudança de mandato. Ontem, sorteamos gabinetes, de maneira democrática.

Capital News – Quem já estava aqui pode continuar no mesmo gabinete?

Mario Cesar – Houve algumas mudanças, né? Porque, por exemplo, temos uma vice-presidência nova e uma secretaria nova, que é a 3ª secretaria. Então, dentro daquela concepção de mudança, houve os que estavam aqui, o João Rocha era secretário, deixou de ser secretário; o Jamal era secretário. Houve mudança nesse caso, né? E quem estava no gabinete, por exemplo, esse meu gabinete é meu gabinete, quem já estava permanece no seu gabinete.

Capital News – O senhor fica com esse [gabinete de vereador] e a presidência?

Mario Cesar – Aquele é o gabinete da presidência, lá não tem o meu expediente. Aqui é o gabinete do vereador. O expediente é todinho feito aqui.

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Prédio da Câmara passa por adequações para abrigar um número maior de vereadores, de 21 para 29
Foto: Deurico/CapitalNews

Capital News – Eu vi, chegando aqui, que tem um monte de livros e atas ainda nos corredores. Estão se adequando, quando é que essas adequações vão estar concluídas?

Mario Cesar – Olha, pelo que me informei ontem, mais uma semana vai estar tudo concluído. Os gabinetes teremos que adequar. Essa adequação é natural em função de não ter que alugar outro imóvel para botar o administrativo, que era uma ideia nossa, mas graças a Deus, conseguimos nos organizar e colocar alocar os vereadores novos lá em cima e adequar todos os departamentos da Câmara nesse prédio da Câmara de Vereadores.

Capital News – O senhor já tem alguma conversa com o Executivo a respeito do aluguel da Câmara, que é um problema que se arrasta há muito tempo?

Mario Cesar – Embora, embora, não é um assunto de responsabilidade da Câmara, para evitar esse problema todo, a Câmara não é parte arrolada no processo. Quem é arrolado no processo? O dono do imóvel e o Executivo. O Executivo tem que dar todas as condições para o Legislativo funcionar. Não é a Prefeitura. É a Prefeitura, o Estado e o Governo Federal. Embora isso, estamos preocupados com a situação. Vamos reunir alguns vereadores nesse sentido, principalmente a Mesa Diretora, já tentei ontem [2] o primeiro contato com o prefeito Alcides Bernal. Tentei primeiro via telefone, depois formalizei o pedido. Entendo que ele, primeiro dia de mandato também, está organizando o próprio secretariado dele todo, não havia anunciado todos o secretariado dele, entendo que está realmente adequando a agenda dele a essa nova realidade, da mesma forma que estou me apenhorando (sic) da Câmara de Vereadores, ele está fazendo o mesmo na Prefeitura de Campo Grande. Então, vou logo reiterar ainda hoje o pedido desse diálogo com o Bernal, não só sobre o prédio da Câmara, que é o mais importante e mais imediato, tem uma decisão do Judiciário sobre essa questão e realmente cravar essa linha de comunicação com o Executivo, que é isso que nós queremos. Nós vamos ter um relacionamento saudável com o Executivo.

Capital News – Chegou a falar com ele por telefone?

Mario Cesar – Não, não.

Capital News – Eu queria saber como teria sido esse primeiro contato.

Mario Cesar – O único contato com ele foi na posse, na diplomação, antes um pouquinho, quando conversamos sobre alguns encaminhamentos sobre IPTU e aumento salarial, depois na diplomação, e agora na posse. Não tive contato nem por telefone ainda. Estou fazendo o primeiro institucional, Câmara dos Vereadores com o Executivo. Mandei o ofício de maneira bem formal, digamos assim.

Capital News – O fato de ele [Alcides Bernal] ter declarado o apoio a Professora Rose, de que gostaria que ela fosse a presidente, e de o senhor ter o apoio do governador, inclusive com a presença dele na eleição da Mesa Diretora, isso não estremece a relação?

Mario Cesar – Na minha concepção não. Acho natural. Foi uma escolha. Tive a sorte de ter o apoio do governador. Eu tenho um relacionamento com o governador que não é de agora. Já é antigo, desde que quando ele era prefeito, desde o primeiro dia de mandato. Eu não o conhecia. Nos conhecemos tecnicamente falando, pela carreira que eu tenho, e mantivemos esse bom relacionamento durante esse tempo todo. Ganhamos uma eleição da Professora Rose, minha amiga, não temos nada de divergência, muito pelo contrário. Logo que acabou a eleição, suspendemos a sessão solene para compor a Mesa Diretora e trazer a resolução para ser aprovada, cumprimentamos todos lá dentro, sem problema nenhum. Fizemos, uma reunião ontem com os vereadores para a escolha de gabinetes, um relacionamento completamente amigável, principalmente com o nosso vereador Zeca [do PT, ex-governador]. Muito bom. Tivemos uma conversa muito boa, de legislativo, de agregar valor, de construir e não vai ser diferente com o Bernal, de maneira nenhuma, até porque foi vereador comigo. Sempre tivemos um bom relacionamento.

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Presidente Mario Cesar afirma que Câmara não vai emperrar projetos de interesse da sociedade
Foto: Deurico/CapitalNews

Capital News – Como a Câmara, presidida pelo senhor, vai se comportar com relação aos projetos do Executivo que geralmente chegam com uma urgência maior, ou como dizem, no “afogadilho”? Como se dará a tramitação dessas matérias?

Mario Cesar – Olha, esse afogadilho que chega aqui, depende da importância da matéria, mas mesmo assim quando chegar no afogadilho o prefeito ligava para cá, ligava para a base. ‘Olha estou mandando um projeto assim, assim, assado’. Mandava os secretários virem para cá para explicar. Deixava os secretários à disposição para esclarecer qualquer dúvida. Por mais que tivesse afogadilho, sempre existiu uma comunicação. Essa demanda é muito rápida. ‘Tenho um dinheiro para sair, tenho uma emenda travada, precisa levar uma legislação para que possa trazer para cá, então, a natureza do projeto é que vai fazer essa concepção’. Se houver mesmo rito, mesma natureza, mesma fala e, outra coisa, projetos que são de interesse de Campo Grande para quê vamos emperrar? Vamos procurar ter o melhor relacionamento possível com o prefeito. Não é por causa do prefeito. É por causa de Campo Grande.

Capital News – O senhor pensa em fazer alguma alteração em relação ao horário das sessões? Elas estão começando às 10 horas e se estendendo pela tarde...

Mario Cesar – As sessões vão começar às 9 horas. Nós até discutimos isso com os vereadores, temos eu como presidente e três vice-presidente: primeiro Flavio César, Paulo Siufi e Alceu Bueno. Qualquer um deles pode iniciar a sessão, tendo número suficiente de vereadores para iniciar. Sempre que tiver um projeto de interesse coletivo, que as pessoas venham aqui, os moradores, na expectativa de acompanhar o projeto, poder realmente manter o critério de, não aquela pontualidade britânica, mas uma coerência plausível.

Capital News – As sessões terminariam antes, então?

Mario Cesar – Ou terminariam antes, ou terminariam em uma coisa de não ser tão desgastante, muito mais rápida. Acho que vai demorar um pouco mais até pelo quantitativo de pessoas que vai estar lá, se posicionando. Nós entendemos que pode terminar no mesmo horário, porém começando no horário normal.

Capital News – Como o senhor vai administrar agora, com mais vereadores, essa pluralidade, com mais vereadores, muitos deles chegando agora e com sede de mostrar serviço?

Mario Cesar – Eu acho que isso vai ser natural. Essa ansiedade de todos quererem trabalhar é normal, é natural. Quando eu cheguei, no meu primeiro mandato, foi a mesma coisa. Foi muito bom. Quando criamos esse Grupo de 18, embora tenham ficado 11 de fora, teoricamente, nós já começamos a tratar de todos esses assuntos. Tratamos de Mesa Diretora, até para escolher, qual seria a forma comportamental que seria adotada pela Câmara de Vereadores, que critério seria utilizado, como é que a gente fazia isso. A gente não dizia é Antônio, é Pedro ou Joaquim. Nós discutíamos a Câmara. Nós discutíamos, como é que vai agir Fulano, como vai agir Beltrano. Dentro desse rito de escolher a Mesa Diretora muitas dúvidas já foram elas tiradas, até pela ansiedade desses novos que chegaram.

Capital News – O senhor pretende ampliar o número de Câmaras Itinerantes?

Mario Cesar – Olha, naquilo que for possível porque eu acho isso muito saudável. Falei hoje de manhã, uma sessão como a do dia 1º, lotada, ou seja, a participação popular muito intensa, e nós sabemos que o nosso horário de funcionamento da Câmara de Vereadores é muito cruel, digamos assim, para que a população tenha acesso. Nós não temos aqui uma sessão em canal aberto. Temos sessão em canal fechado, nossa sessão via internet. Vamos buscar ampliar esse acesso até à sociedade como um todo, usando a tecnologia, digamos assim, e procurar cada vez mais ficarmos próximos da sociedade. No que pudermos aumentar esse contato efetivamente com a população, é melhor. Temos que ter ouvido. Nós falamos que somos caixa de ressonância da sociedade.

Capital News – A Câmara é porta-voz da sociedade, como o senhor falou, e um dos problemas da cidade é a antiga rodoviária. Qual a sua opinião sobre o assunto? O senhor vê alguma saída, pretende ter uma conversa com o prefeito e apresentar alguma sugestão para ele?

Mario Cesar – Já existiram vários encaminhamentos, várias sugestões, de várias ordens, até mesmo da própria Câmara poder ir para lá, do Poder Judiciário, o Camelódromo, criar um ponto de cultura, revitalizar aquela área, tivemos várias ideias. E as empresas estão nos procurando nesse sentido, principalmente os donos, digamos assim, daqueles espaços. É uma das pautas com o prefeito Alcides Bernal para ver que encaminhamento podemos dar, que sugestão, mas de qualquer maneira, ouvir, para que possamos colocar dentro do Reviva Centro. Está sendo revitalizado todo o centro de Campo Grande e passou à margem da rodoviária, entendeu? Tentar incluir no Reviva Centro até por conta da questão hoteleira que gira em torno dela. Para revitalizar aquilo ali e retirar aquela coisa pejorativa que ficou a rodoviária, de certa maneira.

Capital News – O senhor está agora em seu segundo mandato. Qual é o segredo para já conseguir ser o presidente da Câmara?

Mario Cesar – Olha, eu sempre fui agregador. Sempre tive facilidade de agregar, facilidade de comunicação, de relacionamento, de fazer amizades, de poder contribuir. Acho que nesse mandato de quatro anos consegui fazer essa interlocução com os meus pares, com os poderes, já fui vereador de primeiro mandato, já fui líder do prefeito Nelsinho Trad, eu junto com o Flavio Cesar conseguimos fazer uma dupla interessante, tanto é que hoje eu sou o presidente e ele o primeiro vice, consegui de maneira muito profissional ter uma aproximação do governador. Não posso dizer tenho uma amizade com o governador. Não sou um amigo de frequentar a casa, de maneira nenhuma. Tenho uma amizade profissional com o governador. Respeito muito ele, admiro muito o trabalho administrativo. E com isso fomos conquistando as pessoas. Fico muito feliz por isso. A título de curiosidade, fiquei 12 anos diretor de uma secretaria: oito anos no André e quatro no Nelsinho. Uma secretaria totalmente técnica, uma secretaria completamente de receita, que deu esse crescimento econômico de Campo Grande. Eu consegui administrar por duas administrações, do Nelsinho e do André, e acho que isso me cacifou também a aceitar esse desafio e estar preparado para ser presidente da Câmara de Vereadores.

Capital News – O senhor como presidente pretende deixar alguma marca na sua administração? Qual seria?

Mario Cesar – Minha marca? Legislativo Forte. Essa vai ser a nossa marca. Foi o nome da nossa chapa. Forte não no sentido de mostrar força, mas de mostrar a força que a sociedade tem na gente. Porque, nós falamos sobre isso, nós tínhamos a maioria dos votos dos vereadores, independente do Executivo, e nós representamos realmente a caixa de ressonância. Essa coisa de forte, é forte para a sociedade, para mostrar para a sociedade que ela está muito bem representada.

Capital News – Com relação a situação financeira da Câmara, o senhor já tem uma radiografia?

Mario Cesar – A situação financeira é muito boa. Nós não temos problema nenhum com relação a isso. É uma nova realidade, embora a PEC que aumentou de 21 para 29 foi a mesma PEC que diminuiu o Orçamento porque até 2009 o duodécimo da Câmara era de 5% com a PEC ele passou de 4,5%, ou seja, teve uma redução de 0,5 ponto percentual e aumentou para 29 vereadores. Ou seja, nós já estamos vivendo em 4,5% com 21 vereadores. Ao contrário do que se coloca na sociedade, que com 29 vai aumentar as despesas, vai aumentar tudo, não vai aumentar, porque a realidade que se tinha com 21 vai ser a mesma para 29, não vai gastar mais com a Câmara porque são 29. Vamos nos adequar a essa realidade que existia, com relação a 21. É bem verdade que ao final do ano a gente sempre devolvia ao Executivo alguma soma de dinheiro e aí, eu acredito que agora não. Com essa adequação nós vamos conseguir manter enxugando aqui, enxugando ali.

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Vereador Mario Cesar diz que situação financeira da Câmara é confortável, mas que terá que fazer contenção de despesas para se adequar à nova realidade
Foto: Deurico/CapitalNews

Capital News – Vai ter que ter contenção de despesas?

Mario Cesar – Não tenha dúvida nenhuma. É uma nova realidade. Por isso que quando colocou ‘aumentou vereadores, nós vamos gastar mais dinheiro’. Não, vamos se adequar a essa nova realidade. É como o pai de família, estava ele e a mulher, ganhava um salário, vieram três filhos com o mesmo salário. Vamos se adequar a uma nova realidade que é essa.

Capital News – O senhor assume a presidência após o aumento salarial dos vereadores, que vocês mesmo aprovaram, e receberam manifestações contrárias. Como o senhor irá lidar com esse tipo de manifestação?

Mario Cesar – Olha, de maneira muito tranquila. É uma manifestação meramente política. Temos que entender. Eu costumo dizer: ‘o que seria do azul se todo mundo gostasse do amarelo?’. Então, é assim que funciona. Agora, eu fico preocupado quando vocês da imprensa dão muita ênfase nesse sentido e, às vezes, quando fazemos projetos interessantes, não têm toda essa ênfase para mostrar o nosso trabalho positivo. É uma coisa muito pejorativo nesse sentido e todo o nosso trabalho de relevância, por exemplo, eu aprovei uma lei, o Imposto Ecológico. O Imposto Ecológico não é mais um imposto. É uma redução do IPTU, no ISS de construção, para quem construir ou reformar o seu empreendimento imobiliário comercial ou residencial ecologicamente correto. Ou seja, ele é um imposto totalmente sustentável nesse sentido. A outra proposta que aprovamos agora, lei minha, é a obrigatoriedade de se ter um profissional de odontologia nas UTIs e centros cirúrgicos. Por quê? Porque pela boca, às vezes se você não detectar um problema na arcada bocal a contaminação por bactérias é muito grande. Principalmente nos mais velhos tem menos preocupação com essa limpeza. Estudos foram feitos. A redução de impacto de infecção bacteriológica nos hospitais vai diminuir, isso já tem estudo na Europa e nos Estados Unidos. Então, essa dualidade de que o vereador ganha muito e trabalha pouco não é verdade. Você vê todo esforço. Nós sacrificamos família, filho. Estamos aqui atendendo, nos bairros, nas comissões, se dedicando isso muito. Fica pejorativa essa concepção e acho que não é verdade. Dá a entender que o vereador não trabalha, se contenta com a riqueza, com a tranquilidade e depois nos outros dias fica na moleza, sem fazer coisa nenhuma. Nós sabemos da nossa responsabilidade e da nossa capacidade de conduzir Campo Grande.

Capital News – Os vereadores da oposição ao PMDB, como o ex-governador Zeca, vão ter o mesmo espaço que os outros?

Mario Cesar – Normalmente, aqui é o Parlamento. Tem que falar realmente. Lógico que com respeito ao próximo. Ele pode botar as suas ideias, da maneira que quiser colocar, mas com muito respeito. A gente não pode avançar o sinal. Nós vamos ter um relacionamento muito bom.

by Jornal CapitalNews