O presidente da Federação de Automobilismo de Mato Grosso do Sul (FAMS), Valdemir Dias Terra, recebeu a equipe do Capital News para falar sobre as novidades das quatro rodas no Estado. Além disso, Terra comenta sobre a preocupação em se tirar os motoristas das ruas a da criação de um lugar específico para se praticar as “Manobras Radicais”.
Há mais de 30 anos, ele se dedica ao automobilismo e já assumiu a Federação entre 1993 e 1996, retornando ao cargo desde final de 2008. O presidente da FAMS é paulista, natural de Catanduva, nasceu em 22 de fevereiro de 1959, é casado e possui um casal de filhos. O amor ao esporte começou por influência de um amigo, Terra chegou inclusive a competir na fórmula tubular, antigamente apelidada de “gaiolas”.
A sede da Federação não é nada convencional. Funciona nos fundos da concessionária cujo proprietário é o próprio Terra. Atualmente, a FAMS possui 10 clubes filiados e 120 pilotos cadastrados em todo o Estado.
Como aconteceu o processo da sua reeleição? Tiveram concorrentes ou houve consenso?
O processo aconteceu tranquilamente. Dos 20 clubes existentes em Mato Grosso do Sul, 10 estão devidamente filiados na Federação. Não tive problema em me eleger, só há concorrentes quando alguém não está satisfeito com o trabalho desenvolvido e quer mudanças. Mas não foi esse o nosso caso. Então, a votação foi unânime.
Quais os planos para a próxima gestão?
A expectativa é de trazer mais provas nacionais. Além disso, meu sonho é reformar o Kartódromo que é propriedade da Federação, ou seja, não é do Poder Público. Enquanto eu não fizer isso, não vou ter sossego.
Outro objetivo é retirar os rachas das ruas e fazer com que eles corram em um lugar adequado, com toda a estrutura, dando segurança às pessoas, evitando acidentes. Claro que torcemos para que ninguém se machuque, mas caso isso aconteça, tem que ter toda a garantia de que vai ter atendimento de emergência, ambulâncias disponíveis e Corpo de Bombeiros, por exemplo.
Como qualquer esporte, tudo começa na base. Quais os planos para fortalecer o kart? Sendo que hoje temos poucos praticantes?
Para competir no kart, a criança pode começar a partir dos seis anos. Primeiro os pais precisam levá-la ao kartódromo, para que a criança possa sentir o kart e ver se realmente é o que ela gosta. Lá no local, as pessoas que correm ajudam uns aos outros, orientam. Por isso, qualquer um que tem interesse será bem-vindo.
Quais os eventos programados para este ano?
Os eventos já programados, a nível nacional, são das categorias Stock Car, Audi, Rally Universitário, Spyder, GT Brasil e ainda estamos brigando pela Fórmula Truck. Mas a esperança é a última que morre! (risos).
Está confirma este ano mais uma etapa da Stock Car em Campo Grande
Foto: A. Ramos/Arquivo Capital News
O que falta para trazer a Fórmula Truck?
Os organizadores alegam falta de público. Mas a inauguação do autódromo foi com a Fórmula Truck, com sete mil pagantes. Na ocasião, o estacionamento do lugar chegou até na Avenida Eduardo Elias Zahran, o que assustou as pessoas. Muitas pensavam: será que vou? Será que não vou? Hoje essa questão foi resolvida, e está mais tranquilo para conseguir acesso, porque as vias estão mais rápidas. Na última edição da Truck em Campo Grande, teve cerca de quatro mil pagantes.
É preciso entender que trazer uma prova do tamanho da Truck, o movimento na cidade será muito grande. São 24 equipes, cada uma é composta de dez a 20 pessoas, sem contar a família e os patrocinadores que também viajam para as provas. Por isso chamo a atenção da Secretaria de Turismo para esta questão. As competições tendem a valorizar a Capital, dando visibilidade na Imprensa de todo o país.
Quais categorias estão confirmadas nos campeonatos regionais?
Para os regionais estão confirmados o Kart, Fórmula Tubular, Rally, Turismo e Arrancada. A previsão é de começar em abril, como mudou o secretário de esportes, estamos aguardando um incentivo.
Como está a competição de Kart?
Nós temos que incentivar a meninada para dar continuidade ao esporte e trazer atrair mais pessoas. Logo quando iniciou os karts, eram bem poucos os pilotos; hoje a realidade é diferente. Ao todo, são 40 pessoas disputando em diferentes categorias.
O que o senhor acha da sugestão de se realizar shows no autódromo?
O problema apenas é não atrapalhar as provas nacionais, embora eu acredito que lá nunca será realizado shows pelo fato de estar próximo a BR (Por Lei é proibido venda de bebidas alcoólicas nas estradas). Mas isso pode mudar se a Prefeitura mudar o perímetro urbano da cidade, porque o autódromo consta como zona rural.
No início do ano, a população do Aero Rancho reclamou do barulho dos carros e da falta de fiscalização em um evento de automobilismo. A Federação estava à frente?
O que aconteceu no Aero Rancho foi o Manobras Radicais e a Federação não tem campeonato específico para isso. Claro, todo evento com carro precisa ter o apoio da FAMS, mas o problema é que a Prefeitura, às vezes, realiza esses acontecimentos sem nos comunicar. Não queremos impedir a realização, porém se tem um órgão responsável, que cuida do esporte de competições de automóveis é a Federação. Então nó vamos vistoriar, ver se tem segurança, se está tudo certo para dar segurança ao público.
Por isso quero chamar a atenção das autoridades para que elas vejam essa parte com a FAMS. Porque o Parque Airton Senna não tem nada a ver com carro. Lá, vai estragar a quadra de vôlei, basquete, ou seja, atrapalhar outros esportes.
Qual a alternativa?
A alternativa é criar um espaço próprio para realização do Manobras Radicais. E já temos um projeto para isso no Autódromo. Será 250 metros de concreto, no qual, será possível realizar as manobras, e 350 metros de asfalto para pode frear, além do muro de contenção em torno da pista.
Com isso, podemos até trazer o Campeonato Brasileiro de Arrancadas e convidar o pessoal que realizam as manobras para correrem lá. Então podemos tirá-los de locais como o Parque Airton Senna, bem como tirar as pessoas que correm nas ruas.
Nós já pedimos para que a Prefeitura execute a obra, que vai ficar entre as duas pistas que já existem no local. Mas como é ano eleitoral, vamos ter que esperar pelo próximo prefeito.
Acredito que seria um grande um investimento levar as pessoas que correm nas ruas para um lugar apropriado. E a construção das pistas não é um absurdo de caro. A Prefeitura devia olhar melhor essa questão porque a vida da pessoa vale mais do que se arriscar em lugares perigosos como as vias públicas.
O Estado tem algum representante em alguma categoria nacional?
Temos alguns no Campeonato Brasileiro de Fórmula Tubular.
Para se trazer grandes eventos de automobilismo como acontece a relação custo-benefício?
Contamos com o apoio da Prefeitura para trazer os eventos em questão de logística, da manutenção do Autódromo. Mas para a Federação é uma coisa boa, porque dá muita repercussão nacional.
A Federação realiza alguma campanha sobre trânsito? O kart in door ajuda as pessoas que gostam de correr na rua a correr no autódromo?
Este ano vamos tentar uma coisa mais prática. E trabalhar com panfletagem, acompanhar o pessoal da Ciptran para conscientizar os motoristas.
Há muitas pessoas amantes do automobilismo no Estado?
Nosso Estado não tem tradição no automobilismo. Mas o grande problema são as pessoas que insistem em correr em lugar inadequados. Este ano,vamos realizar o Festival Noturno de Arrancadas. Neste tipo de evento qualquer tipo de pessoa pode correr, desde que esteja com a documentação do carro em dia e com sinto de segurança.
Outro problema é a falta de mecânicos especializados, porque o funcionamento de um carro de corrida é diferente do convencional. Ainda estamos lutando para atrair mais pessoas para o Autódromo e incentivar a participação de todos os sul-mato-grossenses.
Por Adamo Antonioni - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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marcos ivan - advogado 07/05/2012
parabens meu irmao , competencia e isto , resultado nada mais justo . Comprometido com a seriedade .Felicidades na nova gestao
1 comentários