Campo Grande Domingo, 05 de Maio de 2024


ENTREVISTA Terça-feira, 24 de Janeiro de 2012, 14:47 - A | A

Terça-feira, 24 de Janeiro de 2012, 14h:47 - A | A

Vereador Paulo Siufi diz que, como prefeito, pretende valorizar o ser humano

Larissa Almeida - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O presidente da Câmara dos Vereadores de Campo Grande, vereador Paulo Siufi (PMDB), é um dos pré-candidatos à prefeitura de Campo Grande pelo grupo político do PMDB. Siufi é médico pediatra e atua como vereador há sete anos na capital.

Capital News - O senhor se sente preparado para ser prefeito de Campo Grande?


Paulo Siufi - Sim. Me preparei enquanto vereador, enquanto homem, enquanto chefe de família. Sei do clamor da população, sei da importância que temos em melhorar as coisas que não foram melhoradas. Acredito que o próximo prefeito de Campo Grande tem que ter um perfil de continuidade ao que foi feito pelo ex-prefeito e governador André Puccinelli (PMDB) e pelo prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), ao longo desses quase 16 anos de administração.

Capital News - Porque o senhor quer ser prefeito?

Paulo Siufi - Quero dar um toque de humanização. Quero acessibilidade no trânsito, na saúde, na moradia, em todos os seguimentos. É a parte que eu conheço bastante, como ser humano, como médico pediatra, como cristão, dentro das paróquias onde eu trabalho. Acho que precisa alguma coisa a mais. Continuar com as obras, mas olhar mais para o lado social. Não que o Nelsinho e o André não fizeram isso. Eles fizeram, mas eles precisavam fazer principalmente a reordenação e o planejamento de Campo Grande para os próximos 20, 30 anos.

Capital News - Pelo grupo do PMDB, já confirmaram a pré-candidatura os deputados federais Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Edson Giroto (PMDB). O senhor também é pré-candidato pelo grupo? E considera boas suas chances de ser escolhido candidato?


Paulo Siufi - Sim. As minhas chances são iguais as do Giroto, dentro do PMDB e o Mandetta, pelo DEM, na base aliada. Acredito que estamos todos com chances iguais. O governador vai nos chamar no dia 06 de fevereiro para uma conversa, para dizer a forma como será decidido o nome do candidato.

Capital News - Não estão sendo feitas prévias, pesquisas?

Paulo Siufi - Lá atrás o governador falou que estavam sendo feitas pesquisas, mas parece que agora é que será feita a pesquisa que realmente vai definir o candidato.

Capital News - Se o senhor não for o candidato, pretende apoiar o candidato escolhido pelo grupo?


Paulo Siufi - Lógico, eu sou democrata. Eu sou uma pessoa que acredita em um grupo. Eu não faço política sozinho. Eu sou parte deste grupo que o André e o Nelsinho estão à frente. Eu jamais me rebelaria, a não ser que fosse traído nas minhas convicções, e isso eu deixo bem claro. Mas eles nunca me mostraram uma traição, um caminho duvidoso. Pelo contrário, sempre me trataram com muito respeito e muita seriedade.

Capital News - Teria a possibilidade de o senhor ser vice-prefeito?

Paulo Siufi - Eu não penso nesta possibilidade porque eu quero ser prefeito. Mas a política é muito dinâmica. Você não sabe o que vem lá na frente. Pode ser que precise do meu nome para referendar uma composição de chapa. Tudo aquilo que for importante para o meu partido e para o grupo do qual eu faço parte, eles podem contar comigo.

Capital News - Se não der certo a candidatura para o executivo, pretende se candidatar à vereador novamente?

Paulo Siufi - Eu não vou abandonar a minha vida pública. Eu sou um profissional da saúde, eu sei da minha importância enquanto médico, porque continuo militando na medicina. Mas sei também da minha importância enquanto homem público. Sei o quanto eu cresci e quantas pessoas eu pude ajudar ao longo destes sete anos em que eu sou vereador de Campo Grande. Então, se eu não estiver no executivo, estarei no legislativo, com certeza.

Capital News - Foi publicado em vários veículos de imprensa que o senhor cogitou trocar de partido. Porque permaneceu no PMDB?

Paulo Siufi - Eu nunca troquei e nunca pensei em trocar de partido. Eu ofereci esta possibilidade ao grupo numa situação de buscar partidos para serem aliados deste grupo. Disse a eles que se precisassem que eu fosse para outro partido, estaria à disposição. Mas amo o PMDB, aprendi a ser respeitado e a respeitar os militantes do partido. Agora, disse inúmeras vezes e continuo dizendo que, na época que podia haver troca de partido, se eu não estivesse satisfeito com a condução da legenda, eu poderia sair. Mas eu estou satisfeito.

Capital News - Quais são as suas propostas para a prefeitura de Campo Grande?


Paulo Siufi - A proposta principal é a humanização. Você vai ouvir muito isso ao longo dos próximos anos. Hoje, o ser humano precisa ser valorizado como pessoa. Valorizá-lo em pequenos detalhes, como um salário melhor que se dá a um funcionário público, um trânsito mais humano, uma moradia melhor, ônibus adaptado, coisas pequenas que fazem com que as pessoas se sintam valorizadas, se sintam o centro das atenções. Acredito que, quando tratarmos o ser humano com intensidade, responsabilidade, você começa a olhar a população sendo copartícipe de uma administração.

Capital News - Pretende investir mais na área social então? Na cultura, no esporte?

Paulo Siufi -  Pretendo destinar 1% do orçamento do município para a cultura, 1% para o esporte. Se eu dou 1% pro esporte, mais crianças e jovens vão praticar, mais praças vão ser utilizadas, porque as obras nós temos, elas foram feitas pelo André e pelo Nelsinho. Temos academia ao ar livre, praças nos mais diversos bairros, pista de caminhada ao ar livre, agora vamos trabalhar para que estas pessoas se sintam responsáveis pela manutenção dessas edificações, para que possamos conservá-las. Eu me lembro que o prefeito nem tinham inaugurado a orla morena e já tinham depredado. Isso é desgastante. E é o dinheiro da população que é desperdiçado. A população tem que saber que ela é copartícipe das obras, porque ela paga o imposto em dia. O cidadão tem que se sentir prefeito.

Capital News - Como médico, quais são suas propostas para resolver o problema da saúde em Campo Grande?

Paulo Siufi - A saúde vai ser real quando os investimentos acontecerem no ser humano. O prefeito fez as Unidades de Pronto Atendimento, construiu grandes locais para que a população possa ser atendida, agora nós vamos redobrar as atenções para quem atende a população. Valorizando o funcionário. Desde o guarda, à moça que faz a faxina, os recepcionistas, os médicos, porque aí a qualidade do atendimento melhora e nós vamos ter médicos em todos os postos. Vamos resgatar o pediatra, com um salário bom. Eu quero construir um hospital da criança municipal, para que as crianças tenham uma qualidade de atendimento melhor, onde ela possa ser atendida por pediatras. Assim eu acredito que nós vamos melhorar a saúde.

Capital News - Quais são as leis, de sua autoria, nestes sete anos como vereador de Campo Grande, que o senhor considera mais importantes?

Paulo Siufi - As leis que mudaram o cotidiano da população são as mais importantes. Principalmente as que melhoram a questão da saúde. A lei antifumo pra mim foi um marco aqui em Campo Grande. Nós já tínhamos a cidades do Rio de Janeiro e São Paulo e nós fomos a terceira capital. A coordenadora do programa nacional antifumo do Ministério da Saúde, quando esteve em Campo Grande, disse que a nossa lei é a melhor de todas, porque ela visa, além da parte orientativa e punitiva, as próprias pessoas educando umas às outras. Eu acredito que sou um recordista em leis aprovadas e que estão sendo colocadas em prática em Campo Grande. Leis para as mais variadas situações. Lei da proibição do cerol e da devida sinalização reflexiva das caçambas, que causava graves acidentes principalmente envolvendo motociclistas. Criei a lei da posse responsável dos cães. A lei anti-baderna nas conveniências e vias públicas é outra lei que mexe com o cotidiano.

Capital News – O senhor fez muitas leis consideradas importantes, mas que causaram polêmica. Como lida com toda essa repercussão?

Paulo Siufi - Quando fizemos a lei anti-pornografia, que foi massacrada, todo mundo criticou. A lei não foi para acabar com a propaganda de calça jeans. Quem quer vender calça jeans, coloca a calça jeans, não precisa colocar uma mulher seminua com uma calça jeans. Os próprios sex shops não reclamaram e se adequaram rapidamente a lei. Pelo contrário. Deram uma demonstração de inteligência, fazendo a propaganda de um jeito diferente, sem mostrar nada explícito. Eu crio leis polêmicas porque eu sou um homem de coragem. Você vai desagradar uma parcela e agradar outra. Mas eu não me preocupo com isso. Eu me preocupo em legislar para Campo grande. Eu quero ser lembrado pela minha coragem e não pelo meu fracasso.

Capital News - E quanto ao aumento do número de vereadores. O senhor acha que vai ser benéfico para a população?

Paulo Siufi - Nós só vamos ter essa certeza na hora em que estivermos os 29 vereadores andando pelos bairros, ouvindo a população. Mas eu acho que a ação efetiva deles vai ser benéfica, porque quanto mais gente estiver fazendo leis, trazendo melhorias para Campo Grande, melhor. Isso não vai ter aumento de gastos para a população, ninguém vai gastar nada. O que o prefeito repassa vai continuar sendo o mesmo. Nós é que vamos ter que enxugar a máquina, nos adequar para podermos dar conta.

Capital News - Como é a sua relação com o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB)?

Paulo Siufi - Somos parceiros. Confio nele como ser humano, como prefeito, como homem, o conheço desde que nasci, é uma pessoa que eu tenho o maior carinho. A gente se dá muito bem, tanto dentro como fora da política. Às vezes sai uma briguinha, porque é natural do ser humano, mas o respeito sempre existiu e vai continuar existindo.

Capital News - O senhor conta com o apoio dos outros vereadores para a sua pré-candidatura à prefeitura de Campo Grande?

Paulo Siufi - Eu penso que sim, porque nós temos uma irmandade, eles me reelegeram presidente. Eu ouvi de um deles esses dias que ele prefere eu como presidente do que longe dele como prefeito. Mas eu não vou estar longe da câmara, vou estar muito próximo. Mas, se for o desígnio de Deus para a minha vida ser o prefeito, vai ter a hora certa e o momento certo, se for agora, ou se for depois, não tem problema nenhum. O que importa é que eu quero, se for continuar como vereador, continuar andando de cabeça erguida entre os meus pares e tendo o respeito que eles tem por mim e que eu tenho por eles. Hoje, a campanha não é para me ver longe deles, é para que eu possa oferecer este conhecimento que eu adquiri na câmara municipal, junto com o convívio deles, lá no executivo. E que eles possam também fazer parte comigo se eu lá estiver. Eu gostaria de ter a maioria deles como secretários, porque eles conhecem muito a nossa cidade e trabalham muito por Campo Grande. 


Por Larissa Almeida - Capital News (www.capitalnews.com.br)

 

O site Capital News está com seu perfil no Twitter para teste
confira em: http//www.twitter.com/CapitalNews

O site Capital News está com seu perfil no Facebook para teste
confira em: http://www.facebook.com/CapitalNews

O site Capital News está com seu perfil no Windows Live para teste
confira em: http://cid-2dc6f43d919f9f71.profile.live.com/

Comente esta notícia

Paulo Sérgio Krajewski 16/02/2012

Quanto mais se fala mais se erra. Um Tolo diz o que sabe; Um Sábio sabe o que diz. (provérbio judaico) Simplificando: Se for de interesse da Câmara Municipal o imóvel pode ser desapropriado. Quanto ao Juiz que revogou o despejo eu não conheço, mas Ele é juiz!

positivo
0
negativo
0

ILZE DE SOUSA FERREIRA BARBOSA 01/02/2012

tenho certeza de dr paulo siuf e capaz sim de assumir a prefeitura de campo grande pois e um homen serio de bom carater é disso que o povo precisa

positivo
0
negativo
0

Marcia Souza 30/01/2012

Enquanto vereador, ele não valorizou o ser humano? Quer mais uma chance? É uma piada..

positivo
0
negativo
0

Cleider de Souza Costa 25/01/2012

Siufi não conseguiu administrar a Câmara e tem o descaramento de se pré-candidatar à prefeitura. Em sua passagem pela Câmara, persistiu a tentativa de calote para com o pagamento do aluguel do prédio que abriga a instituição. A saída estratégica que ele apresentou foi ir para baixo de uma ponte, se tivesse que desocupar o prédio . Felizmente, foi socorrido pela incompetência de um juiz que revogou o despejo.

positivo
0
negativo
0

4 comentários

1 de 1

Reportagem Especial LEIA MAIS