O clima de campanha eleitoral parece não ter acabado para o presidente Jair Bolsonaro. Neste sábado (5), ele protagonizou uma curta discussão com o seu oponente de segundo turno Fernando Haddad (PT) pelo twitter, rede social mais utilizada pelo presidente para se comunicar.
O desconforto começou na sexta-feira (4) quando Haddad compartilhou um artigo do colunista Philipp Lichterbeck que criticava o contexto político do Brasil e a vitória de Bolsonaro. Acusando uma onda brasileira de "anti-intelectualismo" e uma guerra anacrônica contra o comunismo, o texto citava líderes evangélicos como Silas Malafaia.
No início da tarde deste sábado (5), Jair Bolsonaro foi ao Twitter e afirmou, sem mencionar a conta de Haddad, que o oponente escreveu o artigo. Ele chamou Haddad de "fantoche do presidiário corrupto" e acusou o PT de ter quebrado o país. “Haddad, o fantoche do presidiário corrupto, escreve que está na moda um anti-intelectualismo no Brasil. A verdade é que o marmita, como todo petista, fica inventando motivos para a derrota vergonhosa que sofreram nas eleições, mesmo com campanha mais de 30 milhões mais cara”, postou o presidente.
Ao informar o presidente que se tratava de um artigo da agência alemã Deutsche Welle, o petista revidou o ataque e ironizou a ausência de Jair Bolsonaro nos debates eleitorais. “Na verdade, quem disse isso foi um jornalista da Deutsche Welle, mas se você já se sentir seguro para um debate frente a frente, estou disponível. Forte abraço!”, respondeu.
Pouco depois, o perfil de Haddad foi bloqueado na conta do presidente.