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Sabrina criou o movimento Combate ao Abuso no Meio Espiritual (Coame) que, em um mês, coletou mais de 103 relatos
A ativista Sabrina Bittencourt, que ajudou a desmascarar o médium João de Deus - preso desde dezembro por denúncias de abuso sexual - morreu por volta das 21 horas deste sábado (2). Ativistas dizem que ela teria se suicidado após sofrer perseguições.
A morte foi confirmada ainda ontem pelo filho Gabriel Baum e por Maria do Carmo, presidente do grupo Vítimas Unidas, que foi criado por mulheres abusadas pelo ex-médico Roger Abdelmassih, com quem Sabrina lutava para coletar provas e reunir vítimas para denunciar crimes sexuais.
Em nota, assinada por sua presidente Maria do Carmo, o grupo disse: “A ativista cometeu suicídio e deixou uma carta de despedida relatando os porquês de tirar sua própria vida. Pedimos a todos que não tentem entrar em contato com nenhum integrante da família, preservando-os de perguntas que sejam dolorosas neste momento tão difícil”.
O movimento ainda disse: “A luta de Sabrina jamais será esquecida e continuaremos, com a mesma garra, defendendo as minorias, principalmente as mulheres que são vítimas diárias do machismo”.
O filho Gabriel Baum confirmou a morte da mãe em uma rede social. “Ela não queria ser morta pelas quadrilhas nem pelo câncer. Minha mãe lutou até o final. Ela não desistiu. Ela só se libertou do inferno que estava vivendo”, disse.