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Meio Ambiente Quinta-feira, 06 de Dezembro de 2007, 07:56 - A | A

Quinta-feira, 06 de Dezembro de 2007, 07h:56 - A | A

Baixo nível do rio prejudica transporte na Bolívia

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O baixo nível do rio Paraguai não tem prejudicado apenas o transporte fluvial em Corumbá. As cidades cruceñas de Puerto Suares e Quijarro também sofrem prejuízos como por exemplo a falta de diesel proveniente da Venezuela e que chegava pelo rio do outro lado da fronteira. Exemplo disso é que há mais de dois meses as barcaças estão paradas em poder navegar.

Esta situação complica a cada dia os setores produtivos da região crucenha na na Bolívia. Enquanto a Ferroviaria Oriental (FO) cumpre o quarto dia sem poder operar na rota da fronteira com con Brasil, o setor madeireiro declara estado de emergência e os exportadores já registram grandes perdas pois não têm como transportar para o exterior.

Desde o último domingo passado, devido a falta do combustível a FO paralizou o Expresso Oriental e a Ferrobús que normalmente cobrem a rota entre Santa Cruz e Puerto Quijarro.

Ángel Sandoval, chefe de relações externas da Ferroviária informou que para operar normalmente com todos os trens, a empresa precisa de pelo menos 230 mil litros de diesel por semana, com o impedimento, há pelo menos um mês a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) - estatal boliviana distribuidora de combustíveis não consegue abastecer com esta quantidade.

A estatal petrolera entregou nos últimos dias cerca de 90 mil litros a ferroviária, mas a quantidade é insuficiente para normalizar todas as operações e por isso o Expresso Oriental e a Ferrobús seguem paralizados de forma indefinida. “Seria ótimo podemos cheagar aos 230 mil, mas entendemos a situação e por hora pedimos 200 mil litros semanais”, afirmou Sandóval. Por sua vez o setor florestal também declarou emergência devido ao mesmo problema de falta do diesel. Com o iminente início da temporada de chuvas, os madereiros dizem faltam poucos dias para o final das operações produtivas, pela falta de combustível muitos, reduziram as ações ou simplesmente deixaram de trabalhar.

Segundo o presidente da Câmara Florestal da Bolívia, Pablo Antelo, Santa Cruz é a região que enfrenta a maior escassez do produto e é responsável pela exportação de cerca de 30% do valor total de produtos florestais, o que converte no motor do desenvolvimento econômico de extensas regiões como a Chiquitania, Guarayos, Bajo Paraguá e Chore.

Os bolivianos da fronteira também estão recebendo diesel vindo do Brasil, mas nem todos os setores são atendidos, pois a demanda é muita alta e a falta do combustível também tem afetado empresas industriais, construtoras.

De acordo com dados da Capitania de Puerto Mayor(órgão similar a Capitania dos Portos do Brasil), o nível do rio Paraguai subiu 1 metro e 65 centímetros e a previsão é que continue aumentando.

Na Hidrovia do lado brasileiro o transporte fluvial retoma seu fluxo normal a partir de janeiro do próximo ano, segundo os operadores. O movimento de grandes comboios com soja, açúcar, farelo de soja e minério está paralisado desde o início de novembro, quando o Rio Paraguai na régua centenária de Ladário atingiu, no dia 3, o nível mínimo de 0,88 centímetros - um dos menores das últimas três décadas. (Com informações do Capital do Pantanal)

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