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Meio Ambiente Quinta-feira, 13 de Dezembro de 2007, 18:59 - A | A

Quinta-feira, 13 de Dezembro de 2007, 18h:59 - A | A

Ibama aplica multa de R$ 2 milhões por produtos ilegais enviados pelo correio

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O Ibama inicia nesta quinta-feira (13) a retirada dos produtos de origem animal e vegetal retidos no último semestre pela Receita Federal na sede dos Correios em São Paulo. A operação foi batizada de “Arca de Noé”. O valor estimado das multas aplicadas aos infratores chega a R$ 2,3 milhões.

A maior parte do material foi coletada quando era enviada para o exterior sem as licenças necessárias. O envio ou recebimento de animais, vegetais ou microorganismos ou suas partes precisa de autorização do Ibama e do pagamento de taxas federais.

Dentre os produtos apreendidos estão cerca de 300 orquídeas (planta ameaçada de extinção), 576 insetos e 3,7 mil conchas marinhas, de acordo com balanço preliminar do Ibama. As cargas eram destinadas para países como Alemanha, Suíça e Rússia. O Ibama também apreendeu duas peles de raposa que foram enviadas da China para o Brasil.

"Pode ser até a biopirataria. Isso foi coletado de uma maneira qualquer na natureza com a intenção de mandar isso pra fora do país", afirmou o chefe da fiscalização do Ibama, Luís Antônio Gonçalves de Lima, sobre a apreensão de orquídeas.

As encomendas que são mandadas pelos Correios para o exterior passam antes por uma triagem da Receita Federal, em São Paulo. Na esteira, um equipamento de raio-x revela o interior da embalagem.

Milhares de borboletas, aranhas e escorpiões que estavam todos mortos tinham como destino a Suíça. A maior quantidade apreendida é de conchas do Nordeste e do Espírito Santo que seriam mandadas para a Ásia e Europa. São 3,6 mil unidades de vários tipos e tamanhos.

As pessoas que enviaram o material foram identificadas e devem responder a processo criminal. Entre os produtos barrados nos últimos seis meses, havia também peças de artesanato que utilizavam fragmentos de animais e plantas silvestres.

"Vêm até espécies vivas de um outro país que não são da nossa fauna. Isso pode causar problemas na nossa cadeia ecológica", alerta Analice de Novais Pereira, superintendente do Ibama em São Paulo.

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