Após conversas sobre os bastidores da política nacional mostrarem que o presidente do PMDB, o deputado federal Michel Temer, estaria tramando uma forma para forçar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a obrigar os diretórios regionais a seguir a mesma linha da executiva nacional, o governador André Puccinelli se mostra arredio a perguntas da imprensa sobre ao assunto.
Indagado sobre se apoiaria Dilma Rousseff (PT) em detrimento de José Serra (PSDB) na disputa pela Presidência da República, André usou de ironia, como de costume. “Se é para falar de mulher, vamos falar da Ana Hickmann [modelo e apresentadora de TV que esteve na abertura da Expo-MS 2010]”, limitou-se. O governador esteve na manhã desta sexta-feira (21) no Centro de Convenções Albano Franco, em Campo Grande, onde é realizada a Expo-MS Industrial.
Quanto aos comentários de que poderia ser obrigado pela cúpula do PMDB a negar apoio à ex-ministra-chefe da Casa Civil, André é enfático: “Vamos esperar a consultas, mas lei é lei e verticalização não existe.”
Temer estaria consultando o TSE para saber sobre a fidelidade partidária. Ele quer forçar os PMDBs estaduais à aliança com Dilma, de quem deve ser vice.
André reluta em apresentar sua predileção de forma oficial para não atrapalhar suas pretensões de ser reeleito. Coligar-se com PSDB, DEM e PPS – que formam o Bloco Democrático Reformista (BDR) – o colocaria com somente um adversário forte segundo as pesquisas, o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos (o Zeca do PT). Por outro lado, se preferir Dilma, abre caminho para que a senadora Marisa Serrano, vice-presidente nacional do PSDB, lance candidatura ao governo do Estado para garantir palanque a Serra por aqui. Este fato poderia significar perda de votos para André e novas dificuldades para tentar permanecer no atual cargo.
Por: Marcelo Eduardo e Eduardo Penedo – (www.capitalnews.com.br)
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21/05/2010 - 10:20
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