Deurico/Capital News
Passado o calor da sessão de hoje da Câmara de Campo Grande que culminou com a instalação de uma inédita comissão processante com poderes de cassar o prefeito, algumas lideranças e observadores políticos ponderam: nunca é demais lembrar que Alcides Bernal (PP) ganhou a eleição, mas sua coligação elegeu só dois dos 29 vereadores. Todos os demais foram eleitos, em tese, fazendo campanha contrária. Alguns vieram à base depois. Mas embora muitas lideranças alertassem sobre a necessidade de se conseguir uma mínima base de apoio político, isso não aconteceu. Ao contrário, quem observa de perto a política local admite que o prefeito até ensaiou aproximações, mas passou a colecionar problemas com os vereadores. Ao ponto de ser possível elencar uma lista dos que quase foram apoiadores, mas acabaram desprezados. Senão, vejamos:
1 – Chocolate (PP) – De companheiro inseparável e até motorista no começo do mandato, acabou declarando-se desprezado, chegando ao ponto de votar contra o prefeito na Câmara hoje.
2 – Rose Modesto (PSDB) – Chegou a enfrentar o próprio partido para se manter na base governista e até avisou por umas quatro vezes nas últimas semanas via imprensa que estava tirando o time de campo. Como não foi ouvida... tirou.
3 – Paulo Siufi (PMDB) – Fez campanha ao lado, quando não podia fazer junto. A princípio foi cotado a articular uma base de apoio. Mas acabou acusado de ser “médico fantasma” de posto de saúde.
4 – Paulo Pedra (PDT) – Chegou perto de apoiar o prefeito. Foi e voltou várias vezes, até entender que não faziam questão de seu apoio.
5 – Jamal Salém (PR) – Desprezado, ficou até sem palavras para explicar porque fazia tanta questão de entrar na base governista.
6 – Coringa (PSD) – Tentou ser um ás na manga, mas foi descartado antes de começar o jogo.
7 – Juliana Zorzo (PSC) – Se aproximou e quase reforçou o grupo governista, mas acabou ignorada quando a base percebeu que seu voto não seria garantido já que o dono da cadeira Herculano Borges poderia voltar a qualquer momento.
8– Edson Shimabukuro (PTB) – Tinha apoio de companheiros "de sua base" para ingressar na base do prefeito, mas acabou convencido pelos seus próprios apoiadores de que estava sendo desprezado.
9 – Edil Albuquerque (PMDB) – Articulou a aprovação de autorização de captação de empréstimo pela prefeitura e até propôs a formação de um grupo de apoio, contando ser prestigiado na Sedesc, mas, por fim, mal conseguia ser ouvido ao telefone.
10 – Alceu Bueno (PSL) - Foi um dos articuladores de um chamado "G6 - grupo de apoio dos seis" que não saiu do papel. Desprezado, acabou votando pela comissão processante e é um de seus integrantes.
Zeca do PT, curiosamente, foi o único que na maior parte do tempo desprezou a base governista. E não poucas vezes alertava que o progressista ignorava a necessidade de apoio político para ter a chamada governabilidade. No fim, votou hoje a favor do prefeito Bernal.
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