Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Delegado Waldir em áudio: 'Não tem conversa, não tem conversa. Eu implodo o presidente. Acabou o cara'
Em um áudio vazado e reproduzido pela imprensa, o deputado Delegado Waldir (GO), confirmado ontem (17) como líder do PSL na Câmara, chama Jair Bolsonaro de "vagabundo" e fala em "implodir" o presidente durante reunião na noite anterior com outros deputados da sigla. "Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Eu tenho a gravação. Não tem conversa, não tem conversa. Eu implodo o presidente. Acabou o cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu votei nessa porra. Eu andei, no sol, 246 cidades, no sol, gritando o nome desse vagabundo", afirma o líder do PSL na gravação reproduzida pelo O Antagonista. Consultado pelo site, Waldir confirmou o conteúdo do áudio: "Confirmo, com certeza. Tudo o que eu falei é verdadeiro. Confirmo, sim, essa fala", disse o deputado. Indagado sobre o tem para implodir, respondeu: "Nada, eu não tenho nada. Não é o momento de trazer nada neste momento. O momento é de pacificação". Ouça aqui em O Antagonista.
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Líder do PSL recua após falar em 'implodir' Bolsonaro, mas a guerra interna continua
Cleia Viana/Agência Câmara
Waldir disse que será possível 'pacificar' a bancada e que os 53 deputados do PSL votarão com o governo
O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), recuou depois da repercussão ontem da gravação em que em reunião com deputados do partido xingou o presidente Jair Bolsonaro e afirmou que iria "implodir" o presidente. À imprensa, Waldir afirmou que a declaração foi feita em um "momento de emoção". Conforme o G1, indagado se a crise passou, Waldir respondeu: "Nós somos Bolsonaro. Nós somos que nem mulher traída. Apanha, não é? Mas mesmo assim ela volta ao aconchego". Na sequência, disse ser possível "pacificar" a bancada e assegurou que os 53 deputados votarão "integralmente" conforme os interesses do governo. "Não tem nenhuma ruptura, não tem nenhuma perseguição, não tem nada", completou. Porém, depois das ofensas disparadas, da derrota dos bolsonaristas na disputa pela bancada e da reação do Planalto despachando Joice Hasselmann da liderança do governo no Congresso, as feridas seguem abertas e também uma cratera que separa o PSL comandado por Luciano Bivar e o seguidores de Bolsonaro.
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