Depois de o Tribunal de Contas da União homologar nesta semana acordo do governo federal com a CRR MS via para que a concessionária siga administrando os 847 km da rodovia BR-163 em Mato Grosso do Sul, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de MS (Setlog-MS) criticou hoje a decisão, diante da previsão de dobrar a tarifa de pedágio e obrigação da empresa de fazer menos da metade da duplicação que era prevista no contrato original. Para o sindicato, nessa situação a rodovia "ficará intransitável" nos próximos 30 anos.
Quando assumiu a rodovia em 2014, a CCR MS Via se comprometeu a duplicar os 845,2 km da rodovia até 2019. As obras pararam em 2017 e só 179 km foram duplicados, 150,4 km pela concessionária – o mínimo exigido para a cobrança do pedágio. Agora, o compromisso da empresa é de duplicar apenas 353 km, menos da metade prevista no primeiro contrato. Pelo novo acordo, o valor do pedágio vai passar dos R$ 7,52 atuais para R$ 15,13 a cada 100 km (mais do que o dobro) nas pistas simples: chega no primeiro ano a R$ 10,60, no segundo a R$ 12,60 até atingir os R$ 15,13.
“A duplicação integral da via é uma necessidade como já foi demonstrado em estudos realizados. Há 30 anos, tínhamos uma produção no estado que as rodovias atuais conseguiam comportar. Hoje, o fluxo aumentou e as rodovias já estão estranguladas com a produção atual. Daqui a 30 anos, com aumento do tráfego que certamente virá, e sem duplicação, a 163 ficará intransitável”, disse Cláudio Cavol, presidente do Setlog-MS. (Com Correio do Estado e Campo Grande News)
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TCU homologa acordo sobre a BR-163 em MS
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou hoje um acordo do governo federal com a CCR MSVia para que a concessinária siga administrando os 847 km da rodovia BR-163 em Mato Grosso do Sul, com o compromisso de realizar obras de melhorias. Em 2014 a empresa obteve a concessão da rodovia sob condição de investir R$ 2,05 bilhões em dez anos, mas não cumpriu o cronograma de obras que previa extensa duplicação, feita em apenas alguns trechos. O governo fez um acordo para que a concessionária continue os trabalhos. Conforme o site do TCU, o acordo aprovado hoje permite a readequação dos termos contratuais ao cenário econômico atual e às necessidades mais urgentes de intervenções no trecho em debate. A proposta define um volume de investimentos de R$ 9,31 bilhões que deve ser utilizado em obras imediatas de duplicação de pistas, criação de faixas adicionais, construção de vias marginais, contornos, acostamento e outras intervenções que ajudarão a reduzir o número de acidentes e melhorarão o fluxo dos veículos.
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