Ao receber o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, Donald Trump disse à imprensa ontem que os EUA assumirão o controle da Faixa de Gaza e ficarão responsáveis por limpar o enclave de bombas não detonadas e entulho. O presidente americano também propôs a retirada permanente de palestinos do local, sugerindo que sejam recebidos pela Jordânia e Egito. Países aliados e adversários dos EUA, criticaram duramente a proposta e secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que o plano de Trump equivaleria a uma "limpeza étnica".
A Arábia Saudita, importante aliado americano, criticou ideia de Trump, frisando que seu longo apelo por um Estado palestino independente é uma “posição firme, constante e inabalável”. Egito, Jordânia e outros aliados americanos no Oriente Médio rejeitaram a ideia. Para todos, a ameaça de Trump coloca em risco o frágil acordo de cessar-fogo em Gaza.
Nos EUA, políticos da oposição também criticaram. O senador democrata Chris Coons classificou os comentários de Trump como “ofensivos, insanos, perigosos e tolos”. A deputada democrata Rashida Tlaib, membro palestino-americana do Congresso por Michigan, acusou Trump em uma publicação nas redes sociais de “pedir abertamente por limpeza étnica” com a ideia de realocar toda a população de Gaza.
Trump vive de bravatas, diz Lula – Em entrevista à rádios de Minas Gerais, o presidente Lula também criticou as declarações do presidente dos Estados Unidos. Indagado sobre o assunto, o brasileiro afirmou: "Você tem o tipo de político que vive de bravata. O presidente Trump fez a campanha dele assim, ele agora tomou posse já anunciou que vai ocupar a Groenlândia, anexar o Canadá, que vai mudar o nome do golfo do México para o Golfo da América, já anunciou ocupar o canal do Panamá. Sinceramente, nenhum país, por mais importante que seja, pode brigar com todo mundo em todo tempo". (Com Estadão, O Globo e agências internacionais)
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