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Rural Segunda-feira, 08 de Novembro de 2010, 11:15 - A | A

Segunda-feira, 08 de Novembro de 2010, 11h:15 - A | A

Expoinel traz lançamentos de eventos internacionais que vão acontecer em MS

Karla Tatiane - Capital News

Campo Grande está se tornando cada vez mais um destino de eventos. Na pecuária, não é diferente. Durante a abertura da Expoinel MS 2010 – a maior feira indoor da raça Nelore do mundo –, realizadad na manhã desta segunda-feira (8), foi lançado pelo presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Gropsso do Sul), Eduardo Ridel, um dos maiores eventos sobre a cadeia da carne em âmbito mundial: o Congresso Internacional da Carne, que será realizado em junho de 2011 e ainda anunciado que em 2012 a capital se tornará sede do Congresso Brasileiro da Qualidade do Leite.

De acordo com Ridel “o congresso buscará trazer as discussões sobre os rumos da carne para Mato Grosso do Sul com a participação de representantes da China, Austrália, Estados Unidos e outros países da América do Sul. O trabalho da valorização da carne vem sendo feito há muitos anos para se ter conquistado um produto competitivo e eficiente em pouco tempo”.

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Eduardo Ridel, Presidente da Famasul, prestigia o evento
Foto: Deurico/Capital News

Também foi feito outro anúncio, dessa vez, pelo presidente da Associação sul-matogrossense dos Criadores de Nelore, Guilherme de Barros Costa Marques Bumlai, que trata sobre a criação do Espaço Nelore. “Para a construção desse ambiente a Expoinel captará recursos para efetivar a compra da área pela Nelore MS na margem da BR 163 (saída para São Paulo), em Campo Grande. A Fazenda Serra Dourada, de Cícero de Souza, será o palco do Leilão Especial, que acontece amanhã. A expectativa é que seja arrecado cerca de R$ 1,6 milhão na venda de prenhezes de doadoras de destaque na raça Nelore”. A área a ser comprada é de 33 hectares e custa aproximadamente R$ 1,5 milhão.

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Guilherme Bumlai, organizador da Expoinel 2010, fala sobre as expectativas da feira
Foto: Deurico/Capital News

Para o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, são louváveis as iniciativas. “Ninguém segura o progresso, mesmo a Acrissul tendo um espaço que acolha todos os produtores, não temos como não achar bom o novo espaço que será construído. Em relação aos próximos grandes eventos, a associação apoia tudo o que pode trazer melhorias, principalmente, para o produtor rural”.

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Chico Maio, Presidente da Acrissul, afirma que o valor da arroba não é nada mais que um reajuste justo
Foto: Deurico/Capital News

Arroba

Existe uma especulação de que a indústria de carne bovina brasileira, um dos setores que mais cresceram nos últimos anos no país, vai ter de buscar um novo cardápio, principalmente no que se refere ao mercado externo. Dois dos grandes pilares do setor nacional começam a mostrar uma certa corrosão. O país sempre teve quantidade de carne e preços altamente competitivos.

O cenário recente já mostra uma oferta menor de bois prontos para abate, situação que não deverá ser resolvida no curto prazo. Os preços do animal já estão até mais elevados do que em outras regiões produtoras do mundo.

A arroba do boi alcançou o valor de R$ 102, nesta segunda-feira (8), em Mato Grosso do Sul. Em relação à valorização do produto no mercado pecuário, o presidente da Acrissul comenta que “na verdade o atual preço é um reajuste no valor do produto, uma correção da defasagem histórica dos produtos primários utilizados para se criar o gado”. Chico Maia revelou que a arroba do boi até chegar ao abate custa, em média, para o produtor rural R$ 90.

Tanto o presidente da Associação sul-matogrossense dos Criadores de Nelore, Guilherme de Barros Costa Marques Bumlai, quanto o da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Gropsso do Sul), Eduardo Ridel, também concordam que a carne está se tornando um produto escasso. “houve uma pouca oferta do produto, uma mudança de público consumidor onde cerca de 30 milhões de pessoas que não comiam carne hoje podem comprar e ainda um preço justo, faz com que aconteça esta valorização”, afirma Ridel.

Sobre a questão de continuar subindo o valor da carne, Bumlai, alerta que “já está chegando um momento no qual a arroba não vai mais subir porque os consumidores vão começar a parar de comprar, mas até lá este cenário está positivo para o produtor rural”.


Por Karla Tatiane - Capital News

 

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