O lançamento da campanha “Saúde sim, CPMF de novo não” aconteceu na sede da Casa da Indústria, nesta quinta-feira (11), na capital, com a presença de diversos representantes dos setores do comércio, indústria e agropecuária de Mato Grosso do Sul.
A mobilização é contra a volta do tributo de (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), a CPMF, que está sendo defendida por 14 dos 27 governadores eleitos em 2010, inclusive o do Estado, André Puccinelli.
A taxa foi extinta em janeiro de 2008 livrando os brasileiros de pagar uma alíquota de 0,38% toda vez que fizesse uma transferência bancária (emitir cheque, fazer pagamentos ou usar o cartão de débito, por exemplo). Agora, o grupo pró CPMF relançaram o retorno do imposto que seria voltado para a Contribuição Social da Saúde (CSS), com alíquota de 0,1%.
Mais de 50 pessoas envolvidas direta ou indiretamente com a causa estiveram presentes na cerimônia de lançamento. Para o presidente da Fiems, Sergio Longen, “não existe discussão sobre este assunto. Estão sendo criados impostos diariamente e não podemos aceitar a volta de mais um tributo que vai prejudicar não somente ao setor das indústrias, mas toda a sociedade”.
Já para o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, “a volta representa a perda de competitividade e não é o aumento de tributos que vai resolver a questão da saúde. Todos seremos prejudicados”. Ele afirma ainda quanto mais dinâmica a atividade – em relação à compra e venda de produtos – maior será o impacto. “No caso da agricultura, produtos como cana de açúcar, algodão e também a pecuária sofrerão um impacto considerável com a volta do tributo”.
Outro representante de federação que apoia o movimento é o presidente da Faems, Leocir Paulo Montagna, “o governo não pode se servir da sociedade e sim servir. Repudiamos os aumentos da carga tributária. É necessário valorizar o emprego, trabalho, renda e a riqueza do país e não a desigualdade de competição internacional”, frisou.
O diretor da Fecomércio, Roberto Rech, federação parceira da campanha, também falou sobre o assunto: “a volta do tributo acarretará um impacto negativo para toda a sociedade, inclusive, na geração de empregos”.
A mobilização é promovida pela Fiems, Fecomércio, Famasul, Faems e a CDL de Campo Grande. As entidades representativas do setor produtivo defendem que, quando era cobrada a CPMF, a saúde nos municípios do Estado e no País não era melhor que na atualidade e também não deve melhorar com a volta do tributo. O mesmo movimento está acontecendo em todo país.
Representantes de entidades se mobilizam no lançamento da campanha contra a volta da CPMF
Foto: Deurico/Capital News
Por Karla Tatiane - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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