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Economia Terça-feira, 29 de Abril de 2025, 19:15 - A | A

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Nova Modalidade

Mato Grosso do Sul registra R$ 60,2 milhões em empréstimos no novo consignado CLT

Nova modalidade oferece juros mais baixos e já atraiu quase 9 mil trabalhadores no Estado

Viviane Freitas
Capital News

Mato Grosso do Sul registrou 8.952 contratos do novo consignado Crédito do Trabalhador entre os dias 21 de março e 3 de abril. Deste total, 8.923 trabalhadores sul-mato-grossenses contrataram a linha de crédito via Carteira de Trabalho Digital, que oferece taxas de juros reduzidas. O volume total emprestado ultrapassou R$ 60,2 milhões, com média de R$ 6.726,81 por contrato, valor médio de parcela de R$ 371,11 e prazo médio de 18 meses para pagamento.

A nova modalidade é voltada para empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcionários de microempreendedores individuais (MEI), desde que não possuam outro consignado atrelado ao mesmo vínculo empregatício. Em todo o Brasil, já foram concedidos R$ 3,3 bilhões em empréstimos consignados, totalizando 532.743 contratos e valor médio de R$ 6.209,65 por trabalhador, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O economista Eugênio Pavão avalia que a medida surge como alternativa em meio a um cenário macroeconômico desafiador, marcado por inflação, câmbio elevado e endividamento das famílias. “A possibilidade de um empréstimo para trabalhadores da iniciativa privada e pública se torna uma opção frente aos altos juros das modalidades existentes no mercado”, comenta. Segundo ele, é essencial simular as taxas e encargos antes de aderir ao crédito.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, destacou que o programa representa uma mudança de cultura no crédito bancário. “O Crédito do Trabalhador traz uma nova cultura de crédito e vem se consolidando com sucesso, com novos bancos oferecendo taxas mais baixas e ajudando a reduzir dívidas dos trabalhadores”, afirmou. A Pasta recomenda que o trabalhador espere 24 horas para receber todas as propostas e escolha a mais vantajosa.

Desde 25 de abril, trabalhadores com carteira assinada também podem migrar dívidas antigas de consignado ou CDC para essa nova linha, desde que com juros mais baixos. A taxa do CDC, que varia entre 7% e 8% ao mês, pode ser substituída por taxas entre 1,46% e 3% no Crédito do Trabalhador. A troca, no entanto, só pode ser feita no mesmo banco onde o crédito original foi contratado, e a MP que criou o programa exige que haja redução de juros até 21 de julho.

O Sudeste lidera o número de operações, seguido por Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. A liberação do crédito depende de critérios como tempo de serviço, salário e garantias oferecidas, sendo possível usar parte do FGTS. O desconto das parcelas é feito diretamente na folha de pagamento via eSocial, respeitando o limite de 35% da renda mensal. Em caso de demissão, o saldo é abatido nas verbas rescisórias; se insuficiente, o pagamento é pausado até novo emprego com carteira assinada.

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