Ministério Público do Estado (MPE) de Mato Grosso do Sul divulgou nota nesta tarde, onde lamenta “os fatos ocorridos envolvendo o nome da família Zeolla”, em relação à morte de Cláudio Zeolla, de 23 anos. O rapaz foi baleado na manhã de hoje, na rua Bahia em Campo Grande e morreu às 11h45, na Santa Casa, onde foi internado.
O tio do rapaz e também procurador de Justiça, Carlos Alberto Zeolla, de 44 anos, está sendo acusado de ser autor do crime. Ele é procurador criminal e membro do Conselho Superior do Ministério Público. O acusado foi à delegacia para presta esclarecimentos e está acompanhado de um procurador designado pelo Ministério Publico Estadual. Segundo o procurador geral, Carlos Alberto negou a autoria do crime.
Cláudio estava indo para a academia de bicicleta quando foi atingido na nuca. Carlos Alberto teria passado de carro no local acompanhado de um adolescente de 17 anos. Ainda não se sabe o que motivou o crime.
Confira a nota na íntegra do MPE:
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por seu Procurador-Geral de Justiça Miguel Vieira da Silva, em virtude dos fatos envolvendo o nome da família Zeolla e de um de seus ilustres membros, o Procurador de Justiça Carlos Alberto Zeolla, manifesta de público a sua consternação pelo ocorrido.
Em defesa dos direitos e das garantias individuais, declara que sempre acreditou e acredita na imparcialidade das demais Instituições, sobretudo na da Polícia Civil que está à frente dos trabalhos exercendo o direito de apurar serenamente os fatos.
O Parquet Sul-Mato-Grossense, sendo uma Instituição responsável pela defesa dos cidadãos, na perspectiva dos direitos coletivos, e da fiscalização do cumprimento da lei, em causas em que haja interesse público, mais uma vez, em respeito aos direitos individuais, não emitirá nenhuma versão particular para evitar um pré-julgamento ante as evidências até agora superficiais, mas reafirma a crença no trabalho que está sendo desenvolvido pela Polícia Civil.
Campo Grande, MS - 03 de Março de 2008