A produtividade de grãos no Estado aumentou 19,7% na última safra, mais que a média nacional, que é de 0,4%. Os dados foram divulgados na quinta-feira, 7, pela Conab-MS (Companhia Nacional de Abastecimento em Mato Grosso do Sul). Porém, o índice de áreas de cultivo registrado por aqui não foi considerado positivo. A afirmação é do superintendente da entidade, Sérgio Rios, ouvido pela reportagem do Capital News. A área plantada no Estado teve aumento dito sem significância, de 0,4%.
Segundo o superintendente, os fatores que influenciaram na alta da produtividade foram o clima chuvoso e as tecnologias usadas na produção, o que previne doenças e agiliza o processo. Comparando com o levantamento das safras anteriores, o número da produção é alto, pela falta de chuva na época apontada nos outros levantamentos.
Os números da soja foram os que mais chamaram a atenção no levantamento da safra. Os valores da última produção de soja chegam a 57 milhões de toneladas, e a previsão é ainda maior, de 65 milhões.
A Conab-MS tem a preocupação com a armazenagem para a próxima safra, segundo Rios. Ele afirma que a capacidade estática de armazenamento é de 6,8 milhões de toneladas e que o milho já ocupa pelo menos 700 mil dessa quantia. “Nada comparado aos problemas de armazenamento de Mato Grosso, por exemplo, onde é preciso tomar medidas emergenciais e parte da produção acaba sendo perdida”, explica o superintendente.
Conforme Rios, o perigo é apenas de causar alguns prejuízos para o produtor, como um custo maior de frete para que a produção seja armazenada em um local distante da sua origem.
Rios afirma, ainda, que a ferrugem – que assolou parte das plantações, como acompanhou o Capital News (veja em notícias relacionadas) – é um problema que está sob domínio, mesmo com a chuva e o clima ideais para que a doença se manifeste. Ele acredita que com a ação dos produtores, dos técnicos e a pesquisa, a situação ora ruim está sendo controlada de maneira eficaz. ”O número de pragas e doenças tende a ser muito menor”, afirma.
Por: Ana Maria Assis – (www.capitalnews.com.br)
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