O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo (PT), confirmou o corte de R$ 21,8 bilhões no Orçamento Geral da União de 2010, antes estimado em R$ 851,5 bilhões. O anúncio foi nesta quinta (18), na sede da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), em Campo Grande, no lançamento da 72ª Expogrande, onde esteve representando a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) – que cancelou a vinda à Capital.
Conforme Bernardo, a diminuição do valor não afeta obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de áreas sociais, Saúde e Educação. “É mais fácil a gente liberar mais recursos depois, do que ter que realizar um novo corte”, aponta.
“A medida foi tomada com base na arrecadação de janeiro e fevereiro, que é o que eu tenho. O que já foi arrecadado. Então, como a arrecadação nestes meses foi menor que os técnicos do ministério, apresentando queda de R$ 17,7 bilhões na receita corrente líquida. Além disso, o governo registrou aumento de R$ 1,4 bilhão nas despesas obrigatórias”, explica Bernardo.
Bernardo afirma ainda que existe acréscimo de 7,2% em relação ao orçamento anterior. “As obras do PAC, do social, da saúde, da educação não estão afetadas. Continuam, por exemplo, as construções de novas universidades e escolas técnicas”, pontua o ministro.
Bernardo não detalhou os cortes, nem como eles de fato afetarão Estados e Municípios.
O senador Valter Pereira, que também esteve na abertura da Expogrande 2010, mostrou-se preocupado com os gastos da União. “O governo tinha que reduzir os gastos da máquina pública e dar prioridade aos investimentos. Existe muito desperdício. O Brasil paga um preço muito alto pela falta de infraestrutura.”
Senador Valter Pereira diz que União gasta muito
Foto: Deurico/Capital News
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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