Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevêem uma safra recorde de cana-de-açúcar em 2010. A previsão de produção é de 664,33 milhões de toneladas e consolida mais um recorde nacional, segundo a Conab. Se confirmado, o aumento será de 9,9% em relação à safra 2009/2010, o maior registrado. Já a produtividade média aumentou 0,6%, em relação à temporada anterior, e agora é de 82,1 toneladas por hectare.
Conforme o levantamento, a estimativa deve-se principalmente à construção de novas usinas de açúcar a álcool, entre elas, três de Mato Grosso do Sul. A Conab contabiliza dez novas usinas entraram em operação na região Centro-sul, sendo três em Minas Gerais, duas em São Paulo, duas em Goiás e três nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.
Do total a ser esmagada, cerca de 54,6% (362,8 milhões de toneladas) destinam-se à produção de 28,5 bilhões de litros de álcool. Desse volume, 20,14 bilhões de litros são do tipo hidratado e 8,4 bilhões, do anidro. Cerca de 45,4 % (301,6 mil toneladas) vão para a produção de 38,7 milhões de toneladas de açúcar que, na safra anterior, foi de 33 milhões de toneladas. O consumo interno aproxima-se de 11,11 milhões de toneladas, somando consumo direto mais produtos industrializados.
O Estado ainda se configura como o que possui a maior área plantada do caule, com 4,2% do território, ou seja, 339,7 mil hectares. A segunda maior área está em Pernambuco com 4,1% (334,2 mil hectares). Nos demais Estados produtores as áreas são menores, mas, com bons índices de produtividade.
A área ocupada pela cana destinada ao setor sucroalcooleiro chega a 8,1 milhões de hectares, 9,2% de crescimento. O estado de São Paulo tem a maior parte, com 4,4 milhões de hectares; seguido por Minas Gerais, 648 mil hectares; Paraná, 608 mil hectares; Goiás, 601 mil hectares e Alagoas, 464 mil hectares. Esse total ocupa apenas 0,95% do território nacional.
A pesquisa de campo foi realizada por 50 técnicos, entre os dias 28 de março e 16 de abril, em todos os estados produtores. Foram entrevistados representantes de usinas, entidades de classe, associações, produtores e cooperativas. (Com informação do Ministério da Agricultura)
Por Lucia Morel - Capital News
