Divulgação/Agepen
Alunos cobram governo para dar sequência ao processo do concurso após deixarem os antigos empregos
Cerca de 500 alunos que já concluíram o curso de formação do concurso da Agepen fazem hoje um manifesto na Assembleia Legislativa cobrando a divulgação das notas, data da formatura e cronograma para as nomeações. O manifesto, que começa às 9h, é devido o “esquecimento” do grupo após dois meses do fim da última etapa do concurso sem nenhuma providência do governo. A ideia é seguir em caminhada até a Secretaria de Administração (SAD).
Em nota, o presidente da comissão dos alunos, Diego Ferreira Aranda, relata que o curso de formação teve duração de 90 dias e os alunos tiveram que deixar os empregos para a dedicação exclusiva. Para isso, o governo pagou uma bolsa no valor de 50% do salário do cargo, mas este valor encerrou com o fim do curso e desde então todos estão desempregados a espera de uma posição.
Ainda na nota, a comissão diz que a primeira promessa era da formatura no dia 25 de janeiro, uma semana após o fim da segunda turma do curso de formação e desde então não foi passado mais nenhuma data.
No dia 18 de fevereiro a comissão dos alunos se reuniu com o secretário da SAD, Roberto Hashioka, bem como o deputado estadual Coronel Davi. O secretário afirmou que a demora da SAD em publicar as notas seria em virtude do julgamento dos recursos dos alunos reprovados no curso de formação e que na primeira semana após o carnaval estaria tudo resolvido e seria publicado inclusive, a data da formatura. O fato é que a própria SAD, através de contato com seus funcionários afirmou que o todos os recursos já foram julgados, e estava tudo certo para a publicação, que não ocorreu.
A comissão ainda relata que o governo atrela as nomeações as conclusões dos novos presídios que estão em fase final em Campo Grande, mas que o déficit de pessoal está em todas as unidades prisionais no estado, citando por exemplo, o plantão da penitenciária de segurança máxima Jair Ferreira de Carvalho (Máxima) que conta com apenas 10 agentes para cuidar de cerca de 2,5 mil presos.
Já como resposta a manifestação, o governo teria marcado uma reunião com a comissão ainda nesta terça-feira na SAD, mas o tema da conversa não foi divulgado. A reportagem tentou o contato com a Secretaria pelo telefone, mas não foi atendida.