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Geral Segunda-feira, 19 de Agosto de 2024, 09:39 - A | A

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Protesto

Em protesto, bancários distribuem cachorro quente em frente à agência do Bradesco

Sindicato organiza mobilização com distribuição de cachorro quente e críticas a lucros bilionários dos bancos

Fernanda Oliveira
Capital News

O Sindicato dos Bancários de Campo Grande e região, estão em ato de protesto, na manhã desta segunda-feira (19), em frente à agência do Bradesco localizada na esquina das avenidas Afonso Pena com Calógeras. A mobilização, batizada de “cachorrada dos bancos”, tem como principal objetivo pressionar as instituições financeiras a apresentarem uma proposta de reajuste salarial mais justa para a categoria bancária.

Durante o protesto, os bancários irão distribuir cachorro quente para a população e clientes do banco, em uma ação simbólica que critica a postura das instituições financeiras. Apesar de lucros bilionários de R$ 29 bilhões apenas nos primeiros três meses de 2024, os bancos têm oferecido reajustes que não atendem às expectativas dos trabalhadores e que podem precarizar seus direitos e salários. A mobilização foi precedida pela colocação de cartazes nas principais agências bancárias do centro de Campo Grande na noite de domingo (18).

Rubens Jorge Alencar, presidente do sindicato, destaca a discrepância entre os lucros dos bancos e a falta de propostas adequadas para os bancários. "Em 2023, os cinco maiores bancos do Brasil tiveram um lucro combinado de R$ 108,6 bilhões. Nos últimos 10 anos, o lucro desses bancos cresceu 169% acima da inflação, com uma rentabilidade média de 15% superior à dos bancos de outros países", afirma Alencar, enfatizando que, com tais resultados financeiros, não há justificativa para a ausência de respostas positivas para o reajuste salarial.

Há dois meses, a categoria está em negociação com a Federação dos Bancos (Fenaban) buscando a reposição da inflação e um aumento real de 5% nos salários, na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e outras verbas econômicas. Além disso, os bancários reivindicam melhores condições de trabalho e a preservação dos direitos já conquistados. A categoria também critica o fechamento de agências e postos de trabalho, o que compromete o atendimento à população e agrava a precarização do setor bancário.

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