Carlos Alberto Zeolla, procurador de Justiça aposentado que ficou conhecido em 2009 após matar com um tiro na nuca o próprio sobrinho, morreu neste domingo (23), aos 60 anos, em Campo Grande. O caso, ocorrido em março daquele ano, teve grande repercussão no Estado e abalou o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), onde Zeolla construiu toda sua carreira.
Formado em Direito pela antiga Fucmat em 1986, Zeolla atuou como Defensor Público em Sidrolândia antes de ingressar no MPMS como Promotor de Justiça Substituto, em 1990. Trabalhou em comarcas do interior e, na capital, exerceu funções de destaque em várias promotorias, inclusive como Supervisor das Promotorias Criminais. Em 2007, foi promovido ao cargo de Procurador de Justiça, do qual se aposentou em dezembro de 2009.
O crime que marcou sua trajetória aconteceu no dia 3 de março de 2009. Na ocasião, Cláudio Zeolla, de 23 anos, seguia para a academia quando foi atingido por um disparo nas costas, na Rua Bahia. O procurador foi preso no mesmo dia e, anos depois, relatou em juízo que o episódio foi “a maior loucura da minha vida”, alegando problemas emocionais e complicações de saúde após uma cirurgia bariátrica.
Carlos Zeolla enfrentou processos, perícias psiquiátricas, internações e chegou a ser julgado em 2011, em um caso que dividiu opiniões e ganhou ampla cobertura da imprensa local.
• Saiba mais sobre o Caso Zeolla
O velório ocorre nesta segunda-feira (24), a partir das 8h, no Cemitério Parque das Primaveras, onde será realizado o sepultamento no início da tarde.