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Meio Ambiente Terça-feira, 16 de Julho de 2024, 10:27 - A | A

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Bioparque Pantanal

Dia da cobra: Sucuri e jiboia do Bioparque Pantanal são destaques na educação ambiental

Gaby Amarantos e Rachel Carson, estrelas do maior aquário de água doce do mundo, ajudam a conscientizar sobre a importância das cobras na ecologia

Vivianne Nunes
Capital News

Gaby Amarantos e Rachel Carson, nomes de batismo de uma sucuri e uma jiboia que vivem no maior aquário de água doce do mundo, são símbolos da educação ambiental, um dos pilares fundamentais do Bioparque Pantanal. Ambas não podem retornar à natureza e estão seguras em um ambiente que prioriza seu bem-estar.

O Dia Mundial da Cobra, celebrado em 16 de julho, visa conscientizar sobre a importância desses animais na ecologia e desmistificar as interpretações incorretas que existem sobre eles. "As cobras não são más; existe apenas uma percepção influenciada por filmes e literaturas", explicou a diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri.

Segundo Balestieri, os bons aquários são aqueles que, além de manterem a vida, prezam pela saúde e bem-estar animal. “Aqui no Bioparque, seguindo esse conceito, nossos profissionais adotam protocolos específicos para cada espécie. Além disso, esses animais são poderosas ferramentas educativas para o público”, destacou.

Sucuri Gaby Amarantos

A famosa sucuri-verde, Gaby Amarantos, chegou ao Bioparque antes da inauguração do local e, desde então, destaca-se pela beleza e imponência. Vinda do Pará, a cobra não pode retornar ao seu habitat natural e, após o resgate, ganhou uma nova vida no complexo de água doce.

Seu recinto foi criado para atender suas necessidades e garantir qualidade de vida, contando com água, pedras, areia, vegetação e toca de refúgio. Profissionais capacitados monitoram constantemente sua saúde, alimentação e bem-estar.

O banho de sol é uma das etapas do protocolo de manejo da Gaby. “Para que esse processo seja realizado de forma menos estressante possível, são aplicadas estratégias que minimizam o estresse durante o manejo. Nós fazemos com que ela entre e saia sozinha da caixa de transporte, isso diminui o estresse e faz com que ela associe a atividade com algo positivo”, explicou a bióloga-chefe do Bioparque Pantanal, Carla Kovalski.

Jiboia Rachel Carson

A jiboia Rachel Carson, considerada a embaixadora da conscientização ambiental no Bioparque Pantanal, teve um final feliz após ser utilizada em atividades circenses em Amambai, interior de Mato Grosso do Sul. A prática é proibida no Estado e a Polícia Militar Ambiental (PMA) apreendeu o animal.

Rachel perdeu seus instintos naturais e de defesa devido à interação contínua com humanos durante as atrações e, por esse motivo, seria facilmente predada na natureza. Seu nome é uma homenagem à bióloga marinha Rachel Carson, considerada mãe do ambientalismo e precursora da educação ambiental.

“A permanência do animal no Bioparque reforça aos visitantes a conscientização sobre os danos e impactos negativos da soltura de animais exóticos fora de sua região de origem, tráfico ilegal de animais silvestres e desequilíbrio ambiental oriundo de matanças desnecessárias. A abordagem é feita com visitantes de todas as idades, desde crianças durante as visitas escolares até os adultos curiosos com a presença do animal”, explicou Balestieri.

A jiboia, que pode atingir até 5 metros de comprimento, vive em um recinto com troncos, plantas, área molhada, toca com tapete aquecido, ambiente climatizado, substratos e lâmpadas UVA e UVB. Assim como a sucuri Gaby, Rachel também realiza atividades de banho de sol, proporcionando um ambiente saudável e estimulante para o animal.

Lara Miranda/Bioparque Pantanal

Sucuri e jiboia do Bioparque Pantanal são destaques na educação ambiental

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