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Estiagem

Estiagem agrava incêndios em Mato Grosso do Sul e órgãos reforçam combate nos três biomas

Monitoramento de rios e ações de resgate são intensificados para proteger fauna e flora

Fernanda Oliveira
Capital News

Com a intensificação da estiagem em Mato Grosso do Sul, os órgãos estaduais reforçam o monitoramento dos rios e o combate aos incêndios florestais nos três biomas do Estado: Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica. Além disso, há orientação aos produtores rurais quanto ao cuidado com os animais e a realização de aceiros, essenciais tanto para controlar o fogo quanto para criar rotas de fuga para os animais silvestres. Essas ações foram apresentadas durante a live da “Operação Pantanal”, que divulga o boletim semanal sobre os incêndios.

Leonardo Sampaio, gerente de recursos hídricos do Imasul, destacou a gravidade da situação hídrica. Com 14 estações de monitoramento, o Imasul observa uma queda de 2 cm por dia no nível dos rios. Esse cenário agrava a dificuldade dos animais em acessar água e favorece os incêndios, especialmente no Pantanal. O trabalho do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) também é essencial, não só resgatando animais, mas orientando os proprietários rurais sobre ações preventivas, como a criação de aceiros.

O reforço no combate aos incêndios veio de fundos internacionais, com doações de medicamentos e suprimentos. O Corpo de Bombeiros, por sua vez, mantém 13 bases no Pantanal e também reforça o combate no Cerrado, bioma mais seco do Estado, e na Mata Atlântica. A diretora de Proteção Ambiental do CBMMS, tenente-coronel Tatiane Inoue, ressaltou os desafios logísticos causados pela estiagem, que afeta a navegabilidade nos rios e compromete as operações de combate.

De janeiro a setembro, o boletim semanal registrou 7.309 focos de calor no Pantanal, 3.517 no Cerrado e 937 na Mata Atlântica. Esses dados refletem o impacto da seca prolongada e a necessidade de intensificar as ações de combate e prevenção aos incêndios em todo o Estado.

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