O Brasil enfrentará uma nova temporada de seca em 2025, e Mato Grosso do Sul está entre os estados mais ameaçados, especialmente pelo risco de agravamento no Pantanal. A análise do Cemaden alerta que, mesmo antes do auge da estação seca, o rio Paraguai já apresenta níveis 40% abaixo da média histórica, o que pode agravar ainda mais a crise hídrica.
Em 2024, o Pantanal viveu sua pior seca desde o início das medições, com incêndios devastadores impulsionados pela estiagem e ações humanas. A expectativa para este ano é de um cenário semelhante, segundo a especialista Ana Paula Cunha. O Ministério do Meio Ambiente, inclusive, declarou emergência ambiental para áreas vulneráveis, como o bioma pantaneiro.
Além do Pantanal, as estações fluviométricas de Ladário e Porto Murtinho indicam que a seca continua avançando em MS. O impacto é sentido também na geração de energia, já que a bacia do rio Paraná — outra importante fonte hídrica da região — sofre com uma seca prolongada e vazões abaixo do mínimo.
Segundo o Cemaden, a estação chuvosa que terminou em março ficou abaixo da média no Centro-Sul, agravando a situação em locais já afetados desde 2023. Em todo o país, quase 2 mil cidades enfrentam condição de seca, e Mato Grosso do Sul está entre as áreas em maior estado de alerta.