Grande parte dos empresários e moradores da Rua Bahia e da Avenida Coronel Antonino estão insatisfeitos com a implantação do corredor de ônibus e da estação de embarque e desembarque no meio da via. Foi o que constatou o levantamento realizado pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), entre os dias 30 de junho e 1º de julho.
Segundo a entidade, foram ouvidas 850 pessoas. Do total de entrevistados, 93% apontaram que são a favor do recapeamento da região, porém, o mesmo percentual sinalizou ser contrário à instalação da estação de embarque e desembarque no meio da pista. Ainda, 84% dos entrevistados reprovam o corredor de ônibus do lado esquerdo das vias.
O levantamento ainda mostra que mais de 60% consideram que a obra trará prejuízos ao seu negócio e 23,77% dos respondentes foram indiferentes quanto aos benefícios. Questionados, ainda, se o projeto contempla as principais necessidades dos negócios da região, 85% apontaram que não.
O diretor da ACICG, Paulo de Matos, explica que, desde dezembro de 2019, a entidade tem acolhido empreendedores da Rua Bahia e na Avenida Coronel Antonino para ouvir as preocupações sobre o projeto e o desenvolvimento da obra, que vai afetar o movimento dos negócios na região. Matos disse que a entidade levará às informações à prefeitura buscando o entendendo sobre os impactos que a obra e os prejuízos.
“Também protocolaremos o resultado de um laudo de trânsito contratado pelos comerciantes da Rua Bahia. Continuaremos acompanhando de perto as reivindicações, auxiliando nas soluções e caso contrário precisamos buscar meios de defesa dos direitos dos empresários prejudicados”, esclarece.
Na Câmara Municipal
O vereador André Salineiro, contrário à obra da forma como foi planejada, insistiu na paralisação dos trabalhos, durante sessão na Câmara Municipal, na última terça-feira (7).
“Melhorar o transporte e a mobilidade é importante sim, mas isso teria que ser feito sem matar o comércio dessas ruas. O município precisa desistir desse corredor e viabilizar melhorias nos pontos e terminais, colocar mais ônibus nas ruas, cobrando de maneira enérgica o Consórcio Guaicurus para que entregue um serviço digno ao cidadão e não essa vergonha que é hoje”, argumentou Salineiro.