A situação da Hepatite A em Mato Grosso do Sul mostra sinais de melhora com a redução expressiva nos casos após o pico registrado em outubro, especialmente na capital, Campo Grande, que concentra 133 dos 139 casos contabilizados até dezembro pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), até o dia 12 de dezembro, Campo Grande havia confirmado 141 casos ao longo do ano, evidenciando a gravidade do surto na cidade. Outras cidades, como Bandeirantes, Dourados, Ribas do Rio Pardo, Corumbá, Três Lagoas e Jardim, registraram apenas um caso cada.
A ampliação da vacinação foi fundamental para conter o avanço da doença. Até agora, 146 doses da vacina foram aplicadas no estado. Destas, 63 foram destinadas a pessoas privadas de liberdade e 83 para contatos de casos confirmados e usuários de PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV).
Entretanto, a baixa adesão à imunização pelo público-alvo e a demora no diagnóstico preocupam as autoridades. A limitação do período de eficácia após a exposição ao vírus (janela de imunização) também representa um obstáculo.
A SES e a Sesau continuam trabalhando para ampliar a cobertura vacinal e reforçar ações de conscientização sobre a importância da vacinação. A expectativa é reduzir ainda mais o número de casos, especialmente nas áreas mais afetadas.
