Mato Grosso do Sul ocupa a segunda posição no ranking nacional de casos prováveis de chikungunya, com 3.764 registros, conforme dados do Ministério da Saúde. O Estado fica atrás apenas de Mato Grosso, que lidera com 24.415 casos. Além disso, há 53 óbitos em investigação no país, sendo um confirmado em Mato Grosso do Sul. Em Mato Grosso, a situação é ainda mais grave, com um aumento de 39% nas mortes pela doença em apenas uma semana, totalizando 32 óbitos e configurando um surto epidêmico.
Em Mato Grosso do Sul, o cenário também preocupa. O último boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES/MS), divulgado em 27 de março, aponta 3.773 casos prováveis, sendo 719 confirmados e um óbito. Até o momento, oito gestantes foram diagnosticadas com a doença. Em Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) confirmou 16 casos, sem registro de mortes, mas o aumento na presença do mosquito Aedes aegypti tem gerado alerta. No último mês, 582 imóveis apresentaram focos do vetor, enquanto agentes de saúde vistoriaram mais de 32 mil residências.
A série histórica da chikungunya no Estado indica um crescimento expressivo nos últimos três anos, com um recorde de 3.165 casos até 2025. As cidades com maior incidência incluem Corumbá (325 casos), Maracaju (283) e Jateí (237). A gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, reforça a importância do combate ao mosquito e da mobilização da população para evitar a proliferação do vetor. A prefeitura de Campo Grande tem intensificado as ações de controle, aplicando inseticida e promovendo atendimentos na rede básica de saúde.
A chikungunya é uma doença viral transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, causando febre alta e dores intensas nas articulações. Sem tratamento específico, o diagnóstico é feito por exames laboratoriais, e o alívio dos sintomas é baseado no uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Autoridades sanitárias reforçam a necessidade de eliminar criadouros do mosquito, como recipientes com água parada, para conter o avanço da doença e evitar novos surtos no Estado.