Campo Grande 00:00:00 Sábado, 11 de Janeiro de 2025


Cultura e Entretenimento Sexta-feira, 23 de Novembro de 2007, 13:35 - A | A

Sexta-feira, 23 de Novembro de 2007, 13h:35 - A | A

Corumbá é destaque no Festival de Brasília do Cinema

Capital do Pantanal

Corumbá(MS) - A poesia e a cultura pantaneiras terão lugar de destaque no 40º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro – Mostra Centro-Oeste, que começou na última terça-feira (20) e vai até o dia 27 de novembro.

Nesta sexta-feira (23) serão exibidos no Cine Brasília três
curtas-metragens produzidos em Mato Grosso do Sul, sendo que dois deles
trazem como cenário Corumbá, o Pantanal e suas riquezas. Os curtas
selecionados para a mostra foram: Paralelos, Caramujo Flor e Dois Tons.

A mostra, que é um dos eventos mais importantes do segmento, reúne
cineastas, produtores, professores e pesquisadores e tem como objetivo a
valorização da produção cinematográfica nacional.

Com direção de Alexandre Basso, Paralelos conta à história de Pedro, um
garoto de 10 anos, que viveu o auge e o declínio do trem de passageiros na antiga Ferrovia Noroeste do Brasil, o "Trem do Pantanal". As filmagens
foram realizadas no trecho que vai de Piraputanga a Corumbá. A obra
garante imagens extremamente ricas e diferenciadas, ressaltando os tons da natureza do Pantanal.

Caramujo é um poema visual exibido pela primeira vez pela TVE Regional em 1989, quando transformada em geradora. O filme traz o itinerário da poesia de Manoel de Barros através de uma colagem de fragmentos sonoros e visuais. No elenco, Ney Matogrosso, Rubens Correa, Aracy Balabanian, Almir Sater e Tetê Espíndola. Produção de 1988, direção de Joel Pizzini.

O curta dirigido pelo douradense Caetano Gottardi se baseia na vida de um
garoto que mora numa região rural do Brasil e nela vive a música e o amor, passando por algumas perdas e descobertas em sua pacata e solitária vida.

Festival

O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro acontece desde 1965, quando
uma Comissão instituída pelo professor Cleantho Rodrigues Siqueira,
presidente da Fundação Cultural do DF e dirigida por Paulo Emílio Salles
Gomes, na época, professor da Universidade de Brasília (UnB), criou a
Semana do Cinema Brasileiro.

Mesmo após tantas edições o Festival não teve o seu formato alterado.
Continua com o propósito de promover e valorizar o cinema nacional. Em
todas as edições tem sido fórum para produtores, cineastas,
distribuidores, técnicos e novos realizadores discutirem o cinema
brasileiro, lutando por políticas de apoio, leis de incentivos, políticas
para a indústria cinematográfica, além de exibirem suas produções nas
mostras que acontecem durante o evento.

Nos anos 1972, 1973 e 1974, o festival foi interrompido, acuado pela
censura e todas as forças da circunstância. A censura já fazia marcação
acirrada e em 1971 impôs a mordaça – ou, mais cinematograficamente
falando, a viseira.

Durante os dias do festival, o público mostra-se um aliado fiel do evento,
formando grandes filas em frente ao Cine Brasília, disputando os ingressos
e exercendo sempre o direito de aplaudir ou vaiar, conforme o mérito que
se atribui ao filme exibido.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS