Espetáculo Corpoema quer ganhar os palcos nacionais

O espetáculo Corpoema, obra baseada na vida e na poesia de Manoel de Barros, tem tudo para ganhar destaque nacional. O primeiro passo foi dado ontem à noite, durante o ato que marcou o início das comemorações dos 230 anos de Corumbá, através da gravação em vídeo de toda a apresentação. Segundo o diretor da Oficina de Dança da Fundação de Cultura do Pantanal, Joilson Silva da Cruz, o trabalho será o “cartão de visita” para que Corpoema possa ganhar os “palcos do Brasil”.

“Corpoema foi o primeiro espetáculo de dança produzido em Corumbá, com enfoque na obra e na vida de Manoel de Barros. Infelizmente, durante a apresentação de 2007, não conseguimos fazer esta gravação. Perdemos oportunidade de apresentá-los em eventos nacionais. Agora, nossa primeira preocupação foi gravar em vídeo. Agora, é só aguardar a oportunidade de ganhar o Brasil”, aposta Joilson.

O coreógrafo do espetáculo, Chico Neller, da Ginga e Cia de Dança de Campo Grande, destacou que o vídeo será de fundamental importância para divulgar o trabalho a nível de Brasil. Ele informou que manteve contatos com produtores paulistas, interessados em conhecer Corpoema e que, agora, com o vídeo, tudo fica mais fácil.

Muito trabalho

Neller ressaltou que o espetáculo não pode ficar restrito apenas a Corumbá. Tem que ser visto nacionalmente. Lembrou o início da formatação do espetáculo, em 2007. “Foram três meses de trabalho intenso, de muito estudo. Falar de Manoel de Barros não é fácil. Ele brinca com as palavras. Tivemos que fazer um trabalho para brincar com o corpo. Imagine passar toda esta beleza para o palco?”, ressaltou.

Corpoema, inicialmente, seria apenas dança. “Mas, não tinha como falar de Manoel Barros sem um ator. O Arce (Corrêa) foi importante”, destacou, lembrando que, durante o período de intenso ensaio, “tudo foi se encaminhado” e o resultado foi satisfatório.

O coreógrafo, renomado e premiado nacionalmente, dizia antes da apresentação de quinta-feira, que estava emocionado. “Não é fácil repetir
o trabalho. Tem que ser melhor que o primeiro”, afirmava. Disse ter saído do palco satisfeito. Agora, aguarda as apresentações nacionais. (Capital do Pantanal)