A falta de chuvas suficientes durante o período de desenvolvimento da soja em Mato Grosso do Sul resultou em uma produtividade abaixo das expectativas para a safra 2024. A última projeção da Famasul aponta que a produtividade média ficará em 49,23 sacas por hectare, abaixo da média estadual de 51,7 sacas. A área plantada aumentou 6,79% em relação à safra passada, mas a produção total será 13,19% superior, alcançando 814.905,95 toneladas, comparado a 719.933,96 toneladas na safra de 2023.
O rendimento da soja não foi uniforme, variando entre 13 sacas por hectare em 13% das lavouras e 65 sacas na metade da área plantada. Se a produtividade tivesse se mantido em níveis de 2023 (69,06 sacas), a produção teria superado 1,2 milhão de toneladas. A estimativa para o crescimento da produção agrícola no Estado é de 2,5%, com uma área plantada de 7,4 milhões de hectares.
Para o secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, o crescimento da soja em Mato Grosso do Sul demonstra a capacidade dos produtores de se adaptar às novas condições do mercado, mesmo com os desafios climáticos. O aumento da produção reflete o compromisso dos agricultores com inovação e sustentabilidade, consolidando o estado como um dos maiores polos agrícolas do Brasil. Além da soja, outras culturas como amendoim, algodão e arroz irrigado também devem apresentar crescimento.
A soja deve continuar a ser a principal cultura do Estado, com previsão de crescimento de 6,8% na área plantada para a safra 2024/2025, totalizando 4,5 milhões de hectares. A produção estimada é de 13,977 milhões de toneladas, com produtividade de 51,7 sacas por hectare. Além disso, a produção de amendoim terá um aumento significativo, com previsão de 159,7 mil toneladas, representando uma alta de quase 100% em relação ao ano passado.
