O Brasil exportou 98,8 milhões de toneladas de soja entre janeiro e dezembro de 2024, gerando um faturamento de U$ 43,1 bilhões. Os dados são da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), com base no balanço anual de exportação e processamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O volume exportado apresentou uma queda de 2,95% em relação a 2023, enquanto a receita foi 19,29% menor. O economista da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, explicou que a redução foi causada por fatores climáticos, como o déficit hídrico, que comprometeu a produção nacional. Além disso, a concorrência internacional aumentou, com Argentina e Estados Unidos ofertando soja de melhor qualidade, reduzindo a participação brasileira no mercado, especialmente na China.
Em Mato Grosso do Sul, a exportação de soja também recuou, totalizando 6,6 milhões de toneladas, uma queda de 14,29% em comparação ao ano anterior, com impacto de 26,95% na receita. O estado respondeu por 6,05% das exportações nacionais, representando uma retração de 16,55% no cenário nacional. Os principais compradores da soja sul-mato-grossense foram China (86,25%), Tailândia (2,11%), Argentina (2,04%), Vietnã (1,56%) e Coreia do Sul (1,42%).
No processamento, Mato Grosso do Sul refinou 4,9 milhões de toneladas de soja em 2024. Apesar disso, a capacidade diária do estado ultrapassa 14,4 mil toneladas, indicando potencial para expansão. As principais empresas do setor foram Cargill, Coamo, ADM e Lar. No ranking nacional, Mato Grosso do Sul ficou na quarta posição, atrás de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.