De 12,1 milhões de trabalhadores demitidos entre 2020 e a última sexta-feira (28), apenas 2,5 milhões terão direito ao saque integral dos depósitos feitos pelos empregadores no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os 9,6 milhões restantes terão o valor reduzido devido à antecipação do saque-aniversário, modalidade de empréstimo oferecida por bancos.
Essa é uma das regras da nova rodada de saques do FGTS, que foi publicada na última sexta-feira em uma medida provisória (MP). A MP promete injetar R$ 12,1 bilhões na economia, mas não afetará os trabalhadores que forem demitidos no futuro. O dinheiro será liberado pela Caixa Econômica Federal em duas etapas: uma em março e outra em junho.
A medida também não alterou as demais regras do saque-aniversário, que permite o saque anual de parte do saldo de qualquer conta ativa ou inativa do FGTS, mas em troca o trabalhador não pode retirar o valor depositado em caso de demissão sem justa causa. O saque será feito de acordo com o mês de aniversário do trabalhador.
Para quem cadastrou a conta bancária no aplicativo FGTS, os valores serão pagos independentemente do mês de nascimento. Para os trabalhadores com valores acima de R$ 3 mil, o saldo será liberado em duas etapas: a primeira em março, com a liberação de até R$ 3 mil, e a segunda, em junho, para o restante do valor.