Os preços dos medicamentos no Brasil podem ter um reajuste abaixo da inflação neste ano. A autorização para o aumento é concedida pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) e tradicionalmente entra em vigor no dia 1º de abril.
Embora o percentual máximo do reajuste ainda não esteja definido, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) estima que o índice deve ficar em torno de 3,5%. Caso a projeção se confirme, o aumento será inferior à inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumulou alta de 5,06% nos últimos 12 meses até fevereiro.
O reajuste anual dos preços de medicamentos leva em consideração não apenas a inflação, mas também outros indicadores do setor. A fórmula utilizada pela Cmed para calcular o aumento é: IPCA - Fator X + Fator Y + Fator Z.
O Fator Y, por exemplo, é definido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e representa o ajuste de preços entre o setor farmacêutico e os demais setores da economia. Para os anos de 2025 e 2026, este fator será zero. Já o Fator X, que mede a produtividade da indústria farmacêutica, já está definido em 2,46% para o período de julho de 2024 a junho de 2025.
