Anderson Ramos/Arquivo Capital News

Francisco Cezário, o ex-dirigente foi destituído após investigações apontarem desvios de R$ 10 milhões do futebol sul-mato-grossense
Os desembargadores da 4ª Câmara Cível do TJMS negaram, por unanimidade, o pedido de Francisco Cezário de Oliveira para reassumir a presidência da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) por meio de decisão judicial. O ex-dirigente foi destituído do cargo em assembleia extraordinária realizada em outubro do ano passado, após investigações da Operação "Cartão Vermelho" do Gaeco apontarem seu envolvimento em um esquema que desviou cerca de R$ 10 milhões do futebol sul-mato-grossense.
O recurso de Cezário foi analisado pelas juízas convocadas Sandra Regina da Silva Ribeiro Artiolli e Cíntia Xavier Letteriello, pelo juiz convocado Wagner Mansur Saad e pelos desembargadores Luiz Tadeu Barbosa Silva e Elisabeth Rosa Baisch. O julgamento ocorreu na terça-feira (18), mas o acórdão com os detalhes do voto ainda não foi publicado.
Para tentar reverter sua destituição, Cezário alegou que a decisão teria sido ilegal, com base na Lei Pelé. Segundo sua defesa, formada pelos advogados William Maksoud, Ricardo Machado Filho e Fábio Azato, a FFMS não realizou uma investigação própria antes da assembleia e não garantiu ampla defesa ao ex-presidente. No entanto, a entidade anexou ao processo trechos da investigação criminal do Gaeco, que indicam irregularidades na gestão de Cezário, incluindo transferências de valores para parentes e falsificação de documentos.
A FFMS reforçou que a destituição seguiu os trâmites legais e ocorreu após análise jurídica divulgada previamente a todos os filiados. Além disso, destacou que quase 70% dos membros da federação votaram pela remoção do ex-presidente devido à sua gestão irregular. A entidade argumentou que a Justiça deveria manter a decisão, considerando as provas de desvios e fraudes que motivaram a operação do Gaeco.