A chegada da megaindústria de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, distante 94 quilômetros de Campo Grande, já provoca mudanças definitivas na economia da cidade de 45 mil habitantes. Um dos termômetros que comprovam isso, o número de abertura de novas empresas, cresceu quase 200% em um ano.
A fábrica de celulose da Suzano terá investimento total de quase R$ 20 bilhões, sendo R$ 14,7 bilhões na parte industrial e R$ 4,6 bilhões nas atividades florestais, na estrutura logística e em outras iniciativas previstas. Durante o pico de construção, mais de 10 mil pessoas trabalharão diretamente nas obras, além de milhares de empregos indiretos. Depois de concluída a obra, a nova fábrica empregará cerca de 3 mil pessoas entre colaboradores próprios e terceiros. O complexo entrará em operação no segundo semestre de 2024.
A capacidade de produção após o início das operações será de 13,45 milhões de toneladas de celulose e 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano.
Números
Segundo levantamento feito junto ao banco de dados da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso do Sul (Jucems), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), em 2020 foram abertas 55 empresas em Ribas do Rio Pardo, sendo 37 do setor de Serviços, 14 do Comércio e 4 da Indústria, sendo essa a média dos anos anteriores. Em 2019 foram abertas 57 e em 2018, 54 empresas no município.
Já em 2021 – ano que teve início a construção da fábrica da Suzano - o número de empresas registradas na Jucems para atuarem em Ribas do Rio Pardo saltou para 164, crescimento de 198% em relação ao número apurado no ano anterior e recorde histórico para o município.
Das 164 novas empresas, o destaque é para o setor de Serviços que abriu 112 empresas, correspondendo a 68% do total. No setor de Comércio foram 41 novas empresas, 25% do total, e no setor da Indústria foram mais 11 empresas, representando 7% de todas as empresas constituídas em Ribas do Rio Pardo no ano de 2021.
Referência mundial na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do eucalipto, a Suzano afirma que o projeto Cerrado é o mais eficiente da companhia em função do baixo nível de emissão de carbono previsto após o início de operação.