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Economia Sexta-feira, 31 de Outubro de 2008, 08:34 - A | A

Sexta-feira, 31 de Outubro de 2008, 08h:34 - A | A

Comitê quer a flexibilização da cobrança do ICMS

Lucia Morel - Capital News

Com o objetivo de monitorar os impactos da crise econômica mundial em Mato Grosso do Sul e propor ações que minimizem esses impactos na economia estadual, a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) lançou o Comitê de Monitoramento da Crise (CMC), que possui em sua base o setor produtivo de MS, bem como outros empresários e o governo.

Entre as medidas que o comitê espera que o governo estadual tome durante esse cenário de crise, está a flexibilização da cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias (ICMS) às indústrias e outros setores. No entanto, o presidente da federação, Sérgio Marcolino Longen explicou que certas áreas, como a de telecomunicações, energia, gás e combustíveis estarão fora desse pacote, uma vez que são serviços pontuais.

“Hoje temos a necessidade de ampliar em âmbito estadual e em caráter excepcional, o prazo de recolhimento do ICMS, dentro das respectivas datas de recolhimento de cada empresa para irrigar o capital de giro das empresas”, destacou o Longen.

O comitê apresentou também à secretária de produção de turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa, que na solenidade de abertura do comitê representava o governador André Puccinelli, outras medidas como apoio às propostas da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) junto ao ministro da fazenda Guido Mantega, além de “convencer o setor bancário a manter na normalidade as linhas de créditos para o setor privado e as pessoas. E é nesse sentido que também contamos com o governo do Estado”, salientou o presidente da Fiems.

Ele ressaltou que apesar de o momento impactar a economia do Estado, o momento não é de paralisar os investimentos, que devem ser mantidos e afirmou que “é imperativo rever cenários e corrigir rotas, mas não podemos transformar este momento em argumento para desacelerar nossas atividades, interromper investimentos e projetos de expansão”.

Segundo ele, não há dúvida que a essência da instabilidade está na variação do câmbio e escassez do crédito. “Precisamos avançar nossa agenda para assegurar um ambiente estável e seguro”, ponderou, acrescentando que sondagem do Radar Industrial da Fiems mostra que o índice de confiança do empresário recuou de maneira expressiva agora em outubro, com queda de 13% na concessão de crédito na primeira quinzena deste mês.

Estrutura
O CMC vai apresentar a cada 15 dias um relatório sobre os impactos da crise econômica em MS e propor uma agenda positiva de ações para minimizar os impactos na economia sul-mato-grossense e fortalecer a ação das instituições.

O CMC tem a parceria do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae/MS), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) , Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Federação do Comércio (Fecomércio), Federação da Agricultura e Pecuária (Famasul), Federação das Associações Empresariais (Faems), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) da Capital e as associações comerciais de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá.

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