Desde que as primeiras contaminações pelo coronavírus causador da covid-19 começaram a ser registradas no Brasil, a ameaça de desemprego era revelada como uma das principais consequências da iminente crise econômica. Na indústria sul-mato-grossense, contudo, o cenário foi o inverso e no período de março de 2020 e março de 2021, foram registradas 6.487 vagas formais de emprego, resultado de 67.516 contratações e 61.029 desligamentos.
Com isso, a indústria de Mato Grosso do Sul foi o segundo setor econômico que mais gerou empregos no período, ficando atrás apenas do comércio, que gerou 6.929 vagas formais. O segmento industrial ficou, ainda, à frente do setor de serviços, que respondeu por 6.129 vagas, e agropecuário, que gerou 961 postos de trabalho. O resultado corresponde ainda a 32% dos empregos criados em Mato Grosso do Sul no período indicado.
De acordo com a assessoria, em um ano de pandemia, as empresas que mais geraram empregos são as ligadas ao abate de suínos (1.468), abate de aves (1.213), fabricação de celulose (776), fabricação de açúcar (350), fabricação de óleos vegetais (264), construção (236) e fabricação de refrigeradores (175). Na avaliação do presidente da FIEMS, Sérgio Longen, a indústria vem se ajustando às novas necessidades de produção decorrentes da pandemia e soube continuar produzindo, apesar das dificuldades.
“Nós tivemos um cenário favorável em 2020 e fomos surpreendidos pela nova onda da covid-19 em 2021, mas de certa forma, a indústria vem se ajustando. E isso acabou por dar uma tranquilidade para a população em termos de suprimento com a indústria funcionando. A indústria vai bem aqui. Em contrapartida, em outros estados nem tanto. Esses números demonstram que o Sistema Indústria em Mato Grosso do Sul está no caminho certo”, avalia Longen.