Mato Grosso do Sul registra recorde de exportações de produtos industrializados nos primeiros dez meses do ano, ao atingir a marca de US$ 2,4 bilhões (R$ 4,3 bilhões, com o dólar a R$ 1,799). O valor supera em 14% o alcançado em 2010 todo (que foi de US$ 2,1 bilhões, cerca de R$ 3,7 bilhões).
Com relação a 2009, os números são ainda mais superiores. Naquele ano, as vendas para o exterior somaram US$ 1,36 bi (R$ 2,44 bi), ou seja, o montante de janeiro a outubro de 2011 é 76,5% maior que 2009 inteiro.
O levantamento é do Radar Industrial da Fundação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Para o presidente da instituição, Sérgio Longen, os principais segmentos são extrativismo mineral e sucroalcooleiro. Via assessoria de imprensa, ele afirma que “além disso, os produtos do complexo carne voltaram a registrar uma boa performance nos dois últimos meses com crescimento médio de 19,3% na receita, reduzindo a queda acumulada no ano de 5,3% para apenas 0,7%, graças às vendas de carne de frango realizadas, especialmente, para o Japão e também à retomada das compras pelos países árabes”. “Nossa identidade industrial ainda está em formação e no curto prazo teremos setores cada vez mais vigorosos, como celulose e papel, siderurgia, alimentos, vestuário, sucroenergético, entre outros”, avalia.
Representação para economia do Estado
Ainda de acordo com o Radar da Fiems, quanto à participação relativa, no acumulado do ano, as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 71,8% de tudo o que foi exportado pelo Estado.
Quanto a receita, aquele índice representa US$ 272,7 milhões (R$ 495 milhões), o crescimento com relação ao mesmo período do ano passado foi de 29,7%.
Os principais itens industrializados de Mato Grosso do Sul que foram exportados são dos seguintes setores: complexo carne, extrativo mineral, açúcar e álcool, papel e celulose, óleos vegetais brutos e refinados, couros e peles, alimentos e bebidas, siderurgia, metalurgia básica e metalmecânica e máquinas e equipamentos e aparelhos elétricos. Somadas, estas mercadorias representam 98,4% da receita total das vendas do Estado de industrializados ao exterior.
Conforme assessoria da Fiems, pedaços e miudezas congelados de galos e galinhas, carnes secas e salgadas, carnes congeladas de galos e galinhas não cortados em pedaços, outras carnes de suínos congeladas e outras miudezas comestíveis congeladas de bovinos, que proporcionaram um acréscimo, em receita, no comparativo com 2010, equivalente a US$ 50,6 mi, US$ 11,2 mi, US$ 7,1 mi, US$ 6,8 mi e US$ 5,6 milhões, respectivamente.
Outros US$ 550,3 milhões foram do extrativismo mineral. No grupo açúcar e álcool, no acumulado do ano, a receita de exportação alcançou o equivalente a US$ 534,4 milhões, indicando, sobre 2010, um crescimento nominal de 114,1% na receita, resultando num valor adicional de US$ 284,8 milhões.
Ainda conforme a Fiems, no grupo papel e celulose, a pasta química de madeira semibranqueada (celulose) teve destaque. Até este momento, registrou uma receita de exportação equivalente a US$ 347,7 milhões ou 92,2% da receita total do grupo.
