De janeiro a outubro deste ano, as vendas de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul ao exterior superou em 2% do total movimentado em 2012, e alcançou o valor de US$ 3,06 bilhões, registrando aumento de 22,7% em relação aos dez primeiros meses do ano passado, segundo levantamento do Radar Industrial da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems).
O estudo é feito com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Segundo a pesquisa, o crescimento foi alavancado pelos grupos "Papel e Celulose", com alta de 133,5%, "Couros e Peles", com elevação de 61,2%, "Extrativo Mineral", com salto de 34,3%, e "Complexo Carne", com avanço de 17,6%.
Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, com uma receita equivalente a US$ 332,1 milhões, outubro de 2013, registra o quarto melhor resultado já alcançado em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul, ficando atrás somente dos meses de setembro de 2011, julho de 2013 e setembro de 2013 com US$ 366,0, US$ 354,4 e US$ 350,2 milhões, respectivamente. “Quando comparado com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 43 quebras de recorde nas receitas de exportação. O que equivale a dizer que o recorde mês a mês, ao longo desse período, foi quebrado em 74% das vezes”, analisou.
Na avaliação do Radar da Fiems, é importante destacar que o desempenho observado de janeiro a outubro de 2013 se deu sobre uma forte base de comparação, pois, em igual período nos anos de 2010, 2011 e 2012, as receitas totais da exportação de industrializados alcançaram US$ 1,87, US$ 2,54 e US$ 2,49 bilhões, respectivamente, indicando deste modo que, de 2010 a 2013 no intervalo considerado, a exportação de industrializados cresceu, em média,13,1%. “Em 10 meses já superamos a receita obtida em todo o ano passado e, mantido esse crescimento, as exportações de industrializados devem fechar 2013 com um montante superior a US$ 3,5 bilhões. Os números demonstram que o setor industrial do Estado continua em franca expansão”, destacou Sérgio Longen.
Quanto à participação relativa, o levantamento do Radar da Fiems aponta que no acumulado do ano o setor industrial já responde por 65,9% de tudo que é exportado por Mato Grosso do Sul, enquanto na comparação relativa apenas ao mês de outubro esse percentual sobe para 76%. Com relação ao volume total das exportações, no acumulado do ano, o volume total alcança 8,67 milhões de toneladas, indicando crescimento de 24,6% em relação à igual período de 2012, quando foi vendido ao exterior o equivalente a 6,96 milhões de toneladas de produtos industrializados.
Ainda conforme o Radar da Fiems, o desempenho observado teve como destaques as evoluções ocorridas, principalmente, nos grupos “Papel e Celulose”, “Complexo Carne”, “Extrativo Mineral” e “Couros e Peles”, que acumulam receitas de US$ 917,93 milhões, US$ 869,36 milhões, US$ 448,20 milhões e US$ 132 milhões, respectivamente. Como indicado anteriormente, no caso do primeiro grupo, a expansão é resultado do início da atividade de uma nova planta de celulose, que dobrou a capacidade nominal de produção do Estado, permitindo que novos clientes fossem atendidos e, principalmente, que os tradicionais compradores da celulose sul-mato-grossense pudessem ampliar ainda mais os volumes de suas aquisições.
Na primeira condição, observou-se que em relação a igual período do ano passado, são 14 novos destinos para os produtos do grupo “Papel e Celulose”, proporcionando uma receita adicional equivalente a US$ 8 milhões, enquanto em relação à segunda condição, países como a China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Coréia do Sul aumentaram suas compras em US$ 266,3, US$ 138,3, US$ 75,8, US$ 35,9 e US$ 18,7 milhões, respectivamente. Quanto ao grupo “Complexo Carne”, a expansão foi proporcionada pelo aumento das receitas obtidas com as carnes desossadas e congeladas de bovinos, pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos e carne congelada de frango não cortada em pedaços que, somados, apresentaram um crescimento de US$ 119,5 milhões.
Os países que mais contribuíram para o desempenho observado foram Hong Kong, Venezuela, Chile, Egito, Emirados Árabes Unidos e Japão que, somados, geraram uma receita adicional equivalente a US$ 160,8 milhões. Já no caso do terceiro grupo, o destaque é em função dos aumentos ocorridos no volume embarcado e preço médio da tonelada do minério de ferro, pois o volume o total vendido ao exterior no período de janeiro a outubro de 2013 alcançou 4,72 milhões de toneladas, resultado 15,5% maior que o obtido em igual intervalo de 2012, e o preço médio da tonelada, na mesma comparação, apresentou variação de 8,75%, saindo de US$ 77,5 para US$ 84,3, proporcionando, deste modo, uma receita adicional equivalente a US$ 81,2 milhões.
Em relação ao quarto grupo indicado, a elevação ocorrida se deu em função do expressivo aumento nos embarques de outros couros bovinos e bubalinos, não divididos e úmidos, outros couros bovinos e bubalinos, divididos e úmidos e de couros bovinos inteiros “wet blue” tamanho igual ou inferior a 2,6m². Com o volume total de janeiro a outubro de 2013 alcançando 39,1 mil toneladas, resultado 68,7% maior que o obtido em igual período de 2012, quando o total não ultrapassou as 23,2 mil toneladas, proporcionando, deste modo, uma receita adicional equivalente a US$ 58,1 milhões. Quanto aos compradores, destacaram-se China, Itália e Hong Kong que geraram uma receita total equivalente a US$ 111,2 milhões.