De janeiro a maio deste ano, a receita de exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul já alcança o montante de US$ 1,36 bilhão, o que representa aumento de 21,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a receita atingiu US$ 1,11 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O crescimento é creditado aos grupos “Papel e Celulose”, com alta de 100,2%, “Couros e Peles”, com elevação de 57,7%, “Extrativo Mineral”, com aumento de 34,7%, e “Complexo Carne”, com salto de 15,7%.
Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, com uma receita equivalente a US$ 312,8 milhões, maio de 2013 registra o 4º melhor resultado já alcançado em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul, ficando atrás somente dos meses de setembro de 2011, outubro e maio de 2012, com US$ 366 milhões, US$ 330,9 milhões e US$ 330,5 milhões, respectivamente. “Na comparação com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 38 quebras de recorde nas receitas de exportação. O que equivale a dizer que o recorde mês a mês, ao longo desse período, foi quebrado em 71,7% das vezes”, pontuou.
A participação da indústria nas exportações totais do Estado já representa 60,8%, enquanto em relação ao volume, a quantidade vendida ao exterior chega a 3,4 milhões de toneladas, indicando um crescimento de 18,4% em relação à igual período de 2012, quando foi comercializado o equivalente a 2,87 milhões de toneladas de produtos industrializados.
Grupos
Ainda conforme o Radar Industrial da Fiems, o desempenho observado teve como destaques as evoluções ocorridas, principalmente, graças aos grupos “Papel e Celulose”, “Couros e Peles”, “Extrativo Mineral” e “Complexo Carne”. No caso do 1º grupo, a expansão ainda é decorrente do início da atividade de uma nova planta de celulose em Mato Grosso do Sul, que dobrou a capacidade nominal de produção do Estado, permitindo que novos clientes fossem atendidos e, principalmente, que os tradicionais compradores da celulose sul-mato-grossense pudessem ampliar ainda mais os volumes de suas aquisições, totalizando uma receita de US$ 402,7 milhões e tendo com principais destinos China, Holanda, Itália, Coréia do Sul e Estados Unidos.
Quanto ao grupo “Couros e Peles” a exportação gerada de janeiro a maio de 2013 ficou em US$ 61,65 milhões com destaque para as vendas de outros couros bovinos e bubalinos não divididos e úmidos, outros couros bovinos e bubalinos divididos e úmidos e couros bovinos inteiros “wet blue”, tendo como principais compradores China, Itália, Hong Kong e Vietnã. Já no grupo “Extrativo Mineral” a elevação observada se deu em função dos aumentos ocorridos no volume embarcado e preço médio da tonelada do minério de ferro, que totalizaram uma receita de US$ 179,68 milhões e teve como maiores compradores a Argentina e Espanha.
Quanto ao grupo “Complexo Carne” a expansão foi proporcionada pelo aumento das receitas obtidas com as carnes desossadas e congeladas de bovinos, carne congelada de frango não cortada em pedaços, pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango e carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, proporcionando, no total, uma receita de US$ 415,61 milhões e tendo como principais compradores Hong Kong, Rússia, Japão, Venezuela, Chile, China, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Holanda, Irã e Jordânia. No entanto, é importante ressaltar que a Rússia, mesmo seguindo entre os principais compradores, apresentou redução de 36% quando comparado com o mesmo período do ano anterior. (Com informações da FIEMS)