O volume total de cargas transportado pela estatal paranaense Ferroeste nos meses de janeiro e fevereiro de 2009 foi de 325,5 mil toneladas úteis (TUs), recorde absoluto em um primeiro bimestre na história da ferrovia. O crescimento foi de 15,6% (44 mil toneladas) em relação ao primeiro bimestre de 2008, que também havia sido recorde de produção, com 281,8 mil toneladas.
O presidente da empresa, Samuel Gomes, disse durante o anúncio do recorde, na semana passada, que a capacidade de transporte da companhia, atualmente, chega a cinco milhões de toneladas ao ano, mas a demanda anual em toda a área de influência - Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraguai - é estimada em 20 milhões de toneladas ao ano.
"Por isso é que o governo do Paraná uniu-se ao Mato Grosso do Sul e ao governo federal para avançar rapidamente na construção do ramal da Ferroeste entre Guarapuava e Paranaguá, acabando com o gargalo hoje existente. É uma obra que já está no PAC e deverá ser iniciada em 2010", disse o presidente.
O ramal entre Cascavel e a cidade sul-mato-grossense de Maracaju é um dos projetos estabelecidos pelo governador André Puccinelli como prioridade na área de infraestrutura para Mato Grosso do Sul, porque vai baratear o frete e dar mais competitividade aos produtos do Estado. Um dos objetivos da Ferroeste como empresa pública é justamente o de "reduzir o custo do transporte e melhorar a renda dos agricultores e da agroindústria", justifica Samuel Gomes.
O bom desempenho do primeiro bimestre desde ano começou com o recorde obtido em janeiro, mês em que a ferrovia transportou 145,8 mil toneladas entre Cascavel e Guarapuava, trecho operado atualmente pela empresa. A variação é de 13,17% sobre a movimentação de 129 mil toneladas, apurada no mesmo período do ano passado.
No mês de fevereiro, a Ferroeste alcançou novo recorde, em relação ao outros meses de fevereiro na série histórica, com a marca de 179,7 mil toneladas movimentadas pela ferrovia. A variação sobre fevereiro de 2008, que registrou um volume de 152,7 mil toneladas, é da ordem de 17,66% (27 mil toneladas).
A expansão da ferrovia, atualmente já na fase de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, além de atender a uma grande demanda reprimida de escoamento da produção no Paraná, Centro-Oeste brasileiro e Oeste de Santa Catarina, tem a vantagem de reduzir os custos do transporte de produtores e transportadores de todos os portes. A Ferroeste, construída no primeiro governo Requião, como empresa pública, existe para "reduzir o custo do transporte e melhorar a renda dos agricultores e da agroindústria", justifica Samuel Gomes. (Notícas MS)
