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Grupos do setor produtivo vão desenvolver ações para amenizar os impactos da crise na economia de MS
Durante reunião na quarta-feira (10), o Comitê de Monitoramente da Crise (CMC), do setor produtivo de Mato Grosso do Sul, representado pela Fiems, Fecomércio-MS, Famasul, Faems, FCDL e Sebrae/MS, criou grupos de trabalho para desenvolver ações, que busquem amenizar os impactos da crise financeira nacional na economia estadual.
Esses grupos vão atuar na área de qualificação dos fornecedores para atender as empresas âncoras que anunciaram investimentos. O CMC vai definir as frentes de atuação dos grupos e possibilitar que os primeiros resultados positivos já comecem a aparecer.
Eles vão atuar também, nas compras governamentais, no uso do crédito de exportação acumulado pelas empresas para fomentar novos negócios, na organização de ações coordenadas do Sistema S junto ao Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para ampliar a utilização de créditos relativos ao PSI (Programa de Sustentação de Investimentos) e Capital de Giro, na agilização dos investimentos já garantidos à Prefeitura da Capital por meio do PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) junto à Caixa e no fortalecimento das atividades das agroindústrias de aves e suínos.
Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a segunda reunião do CMC serviu para demonstrar que o setor produtivo estadual mais Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal estão mais unidos do que nunca em prol do enfrentamento da crise.
“Precisamos demonstrar à sociedade o que podemos fazer para minimizar os efeitos da crise instalada no País. Agora, vamos procurar desenvolver ações para amenizar os impactos negativos na nossa economia e tentar represar essa crise para que ela não provoque tantos prejuízos ao Estado”, disse Longen.
Na avaliação do presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, a reunião foi positiva, pois permitiu a apresentação dos dados relativos aos efeitos da crise sobre comércio, indústria e agropecuária. “Acredito que agora será possível definir ações para fomentar a economia estadual, beneficiando o setor produtivo”, declarou.
O presidente da Famasul, Nilton Pickler, disse que a reunião serviu para a apresentação dos problemas que estão passando cada setor produtivo do Estado. “O agronegócio ainda está com números positivos, mas, conforme essa crise avance, a tendência é que tenhamos dificuldades mais adiante e, por isso, temos de começar a combater esse problema agora”, afirmou.
O superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, reforçou que a reunião começou a definir a proposta de trabalho para mostrar credibilidade aos empresários. “Esse é o caminho para superar as adversidades: credibilidade, inovação e redução de custos”, finalizou Mendonça.
Motivo da Crise
Durante a reuniã, o secretário estadual de Fazenda, Márcio Monteiro, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Jaime Verruck, o superintendente estadual do Banco do Brasil, Evaldo Emiliano de Souza, e o superintendente estadual da Caixa Econômica Federal, Paulo Antunes, apresentaram dados para contribuir com as ações dos grupos de trabalhos criados pelo setor produtivo.
As 10 atividades produtivas do Estado que mais reduziram a arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) neste ano foram;
* Construção civil (65,52%)
* laticínios (44,73%)
* Material químico (41,26%)
* Extração de produtos de origem mineral (39,94%)
* Couro (39,56%) e insumos agropecuários (24,9%).
* Venda de Tratores e implementos agrícolas (35,86%) e veículos (33,81%)
* Diminuição dos abates de bovinos (30,43%)
* Sucatas e recicláveis (28%)
Com esses numeros o Governo do Estado apresentou uma queda de 13,38% na receita acumulada de janeiro deste ano até agora em relação ao mesmo período do ano passado, diminuindo de R$ 3,6 bilhões para R$ 3,1 bilhões”, revelou.
Liberação de Créditos
O superintendente do BB, Evaldo de Souza, a instituição tem aplicados hoje no Estado R$ 13,9 bilhões, o que representa 54,87% do total de crédito liberado em Mato Grosso do Sul, e disponibiliza ainda de recursos no FCO, no Finame PSI, Proger Urbano, Cartão BNDES, BNDES Automático, Giro Empresa Flex e Giro Mix Pasep e afirma que “O Banco do Brasil é o que mais investe no desenvolvimento do Estado e pretendemos continuar nessa direção"
Já Paulo Antunes, superintendente da Caixa, pontuou que o problema não é falta de dinheiro, mas de segurança e esperança. “A Caixa tem R$ 4 bilhões para serem liberados no Estado e, por isso, precisamos de ações para gerar mais segurança junto ao empresariado”, finalizou.
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Sérgio Longen reforça que os grupos de trabalho criados vão definir as frentes de atuação e, dessa forma, possibilitar que os primeiros resultados positivos já comecem a aparecer