A elevada carga tributária e o alto custo da matéria prima são os dois principais gargalos da indústria sul-mato-grossense, conforme pesquisa realizada no quarto trimestre do ano passado pela Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), no âmbito da marca Indústria Ativa.
No quesito itens que constituem problemas reais para a empresa, 93,5% dos industriais entrevistados disseram que se trata da elevada carga tributária, enquanto 57,2% apontaram o alto custo da matéria-prima e 51,3% disseram que é a acirrada competição do mercado.
Para 57,9% dos empresários ouvidos, a margem de lucro operacional da indústria está ruim, enquanto para 36,8% ela está satisfatória. Já o acesso ao crédito pelas indústrias do Estado é normal para 63,6% e muito difícil ou difícil para outros 27,3%.
Pontos positivos
Outro dado relevante apontado pela sondagem industrial no Estado é que para 57,9% dos empresários a situação financeira das respectivas indústrias varia de boa à satisfatória, enquanto para outros 42,1% está ruim. Para 47,4%, as condições da economia não se alteraram e até melhoraram para 36,8%, mas para 52,6% deles a expectativa com relação à economia são de que ela deve permanecer inalterada, enquanto 21,1% estão confiantes e outros 21,1% pessimistas.
Com relação às expectativas para a empresa, 52,7% dos industriais estão confiantes ou muito confiantes, enquanto 47,4% consideram que as coisas devem permanecer na mesma situação. A respeito das perspectivas da demanda dos produtos para os próximos seis meses, os dados são de terá aumento para 47,4% dos industriais, enquanto outros 42,1% prevêem estabilidade e apenas 10,5% vêem possibilidade de queda.
Para o superintendente do IEL/MS (Instituto Euvaldo Lodi em Mato Grosso do Sul), Bergson Henrique Amarilla, apesar dos problemas elencados pelo empresariado sul-mato-grossense, “a pesquisa reflete o bom momento econômico por que passa o País e o Mato Grosso do Sul não ficou a margem desse processo”.
Universo pesquisado
O universo da sondagem industrial de Mato Grosso do Sul para verificar o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) foi composto por 63,2% de empresas de pequeno porte e 36,8% por indústrias de médio porte.
Foram pesquisadas empresas dos setores de alimentos, vestuário, couros, madeira, edição e impressão, borracha, minerais não-metálicos, metalurgia básica, produtos de metal e máquinas e equipamentos.
O ICEI é formado por dois indicadores: o indicador das condições atuais e o da expectativa. O primeiro indicador é uma avaliação do empresário sobre o comportamento da empresa e da economia brasileira em uma escala do pior para o melhor.
Já o indicador de expectativa é uma opinião do que o empresário espera sobre o comportamento da empresa e da economia brasileira em geral para os próximos seis meses.
Campo Grande 00:00:00 Domingo, 22 de Dezembro de 2024
