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Economia Segunda-feira, 27 de Julho de 2015, 10:54 - A | A

Segunda-feira, 27 de Julho de 2015, 10h:54 - A | A

Redução

Somente no mês de junho, Indústria estadual fechou 236 vagas empregos

Setor teve o 4º mês consecutivo com redução de postos de trabalho na construção civil, têxtil e do vestuário, química e metalúrgica

Elizângela Lemes
Capital News

Divulgação/Fiems

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Setor teve o 4º mês consecutivo com redução de postos de trabalho

Pelo quarto mês consecutivo, o setor industrial de Mato Grosso do Sul, composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, encerrou junho com queda na abertura de empregos. Somente no mês de junho foram fechadas 236 vagas, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Considerando o intervalo de 2005 a 2015, no mês, o saldo negativo para o conjunto das atividades industriais foi de 944 vagas, ressaltando que a média para o junho é de 219 vagas abertas.


Segundo assessoria da Fiems, o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende disse que no acumulado do ano, o total de vagas encerradas nas atividades industriais do Estado subiu para 1.725. “Os segmentos industriais que apresentaram as maiores reduções no mês de junho foram construção (-387), têxtil e do vestuário (-184), química (-128) e metalúrgica (-107)”, explicou. Porém, considerando o conjunto da economia estadual, Ezequiel ressalta que no acumulado do ano o resultado aponta a abertura de 2.569 postos de trabalho. “Contudo, a média para o período, considerando o intervalo de 2005 a 2015, é 16.221 vagas abertas. Ou seja, o desempenho de janeiro a junho deste ano é 84% menor que o resultado médio historicamente obtido para o mesmo intervalo”, informou.


Ezequiel Resende destaca que o conjunto das atividades industriais em Mato Grosso do Sul encerrou junho de 2015 com um contingente de 131.890 trabalhadores formalmente empregados, queda de 0,54% em relação a maio. “Apesar disso, a indústria segue respondendo pelo segundo maior contingente de trabalhadores formais empregados no Estado, com participação de 20,6% sobre o total. Atrás somente do setor de serviços, que emprega formalmente 185.749 trabalhadores com participação equivalente a 29%”, pontuou.


Em Mato Grosso do Sul, conforme o Radar Industrial da Fiems, no período de janeiro a junho de 2015, ao todo 101 atividades industriais apresentaram saldo positivo de contratação, proporcionando a abertura de 3.293 vagas. Entre as atividades industriais com saldo positivo de pelo menos 60 vagas, destacam-se fabricação de açúcar em bruto (+578), abate de suínos, aves e outros pequenos animais (+358), distribuição de energia elétrica (+250), fabricação de álcool (+236), obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (+173), fabricação de alimentos para animais (+130), fabricação de calçados de material sintético (+102) e coleta de resíduos não-perigosos (+100).

Divulgação/Fiems

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Setores industriais que reduziram as contratações foram: construção civil, têxtil e do vestuário, química e metalúrgica.


Por outro lado, no mesmo período, 112 atividades industriais apresentaram saldo negativo em Mato Grosso do Sul, proporcionando o fechamento de 5.018 vagas. Entre as atividades industriais com saldo negativo de pelo menos 60 vagas, destacam-se abate de reses, exceto suínos (-1.008), obras de engenharia civil não especificadas anteriormente (-705), construção de edifícios (-427), construção de rodovias e ferrovias (-377), captação, tratamento e distribuição de água (-140), produção de ferrogusa (-124), extração de minério de ferro (-106), fabricação de produtos de carne (-104) e confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas (-104).


Em relação aos municípios, constata-se que em 44 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação no período de janeiro a junho de 2015, proporcionando a abertura de 2.571 vagas. Entre as cidades com saldo positivo de pelo menos 60 vagas, destacam-se São Gabriel do Oeste (+475), Angélica (+393), Nova Andradina (+302), Rio Brilhante (+229), Maracaju (+128), Itaquiraí (+124), Costa Rica (+95), Iguatemi (+85), Amambai (+74), Itaporã (+69), Chapadão do Sul (+66) e Vicentina (+61), sendo que as atividades que mais contribuíram nos municípios selecionados foram fabricação de açúcar em bruto, construção de rodovias e ferrovias, abate de suínos, aves e outros pequenos animais; fabricação de álcool, abate de reses, exceto suínos e curtimento e outras preparações de couro.


Por outro lado, no mesmo período, em 29 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, proporcionando a fechamento de 4.296 vagas, com destaque para Campo Grande (-1003), Três Lagoas (-987), Caarapó (-420), Nova Alvorada do Sul (-271), Naviraí (-244),  Aparecida do Taboado (-196),  Bataguassu (-182),  Corumbá (-150),  Paranaíba (-136), Água Clara (-125), Ribas do Rio Pardo (-110), Coxim (-96), Ponta Porã (-83) e Cassilândia (-75), sendo que as atividades que mais contribuíram nos municípios selecionados foram abate de reses, exceto suínos, obras de engenharia civil, construção de edifícios, captação, tratamento e distribuição de água, construção de rodovias e ferrovias, extração de minério de ferro e produção de ferro-gusa.

 

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