A Brawn GP foi a grande vencedora do Grande Prêmio da Austrália. A escuderia liderada por Ross Brawn dominou a corrida com Jenson Button por completo e foi a primeira equipe em 32 anos a vencer em sua corrida de estreia e também a primeira escuderia em 55 anos a fazer dobradinha em seu primeiro GP.
Rubens Barrichello foi o segundo, tendo se recuperado de uma péssima largada. O brasileiro, que inclusive teve que trocar o bico em sua primeira parada nos boxes, pulou de quarto para segundo a três voltas do final, quando Robert Kubica (BMW) tentou passar Sebastian Vettel (Red Bull), que vinha mais lento. Os dois se chocaram e abandonaram em momentos distintos. Jarno Trulli (Toyota) recebeu a bandeirada em terceiro.
Lewis Hamilton conseguiu um impressionante quarto lugar com a McLaren. O quinto foi Timo Glock (Toyota) e o sexto foi Fernando Alonso (Renault). Completaram os oito primeiros colocados Nico Rosberg (Williams) e Sebastien Buemi (Toro Rosso). Felipe Massa (Ferrari) e Nelsinho Piquet (Renault) abandonaram.
A corrida começou com uma excelente largada de Button e com um vacilo de Rubinho, que caiu da segunda para a sétima posição. Ainda na primeira curva uma confusão envolveu vários pilotos, entre eles Heikki Kovalainen (McLaren) - que acabou sendo o primeiro a abandonar a corrida - , Mark Webber (Red Bull), Nick Heidfeld (BMW) e Adrian Sutil (Force India). Quem se deu bem foi Nelsinho, que pulou de 14º para 9º.
Na frente, Button ia comandando a corrida como bem entendia, com Sebastian Vettel logo atrás e Massa pulando de sexto para terceiro. Na quinta volta, Hamilton superou Piquet e passou a ocupar a nona colocação. As primeiras paradas nos boxes aconteceram na volta 10 com Kimi Raikkonen que havia perdido duas posições na pista. A Ferrari sofreu e muito com a temperatura da pista e não conseguiu aquecer seus pneus a contento.
A prova seguia tranquilamente até a volta 18, quando Kazuki Nakajima perdeu o controle de seu Williams e bateu no muro de proteção. Contudo, a direção de prova demorou duas voltas para acionar o Safety Car. Muitos pilotos aproveitaram o intervalo de tempo entre a batida e a entrada do carro de segurança para fazerem seus pit stops. Na volta 23 a corrida teve seu reinício autorizado e também o fim para Nelsinho Piquet, que perdeu os freios na curva um e parou na caixa de brita.
Enquanto Button seguia comandando a prova, Barrichello vinha recuperando posições e começou a brigar com Vettel pelo segundo lugar, mas tanto ele como seu companheiro de equipe teriam que fazer mais uma parada nos boxes para colocar os pneus macios. Na volta 47, Massa encostou no pitlane e retirou-se da corrida.
Na 53ª passagem Barrichello superou Rosberg e assumiu o quarto lugar e um pódio seria difícil para o brasileiro, a menos que algo na frente acontecesse. No entanto, o excesso de vontade de dois jovens pilotos foi o fator determinante para que o brasileiro voltasse a subir no pódio. Tudo porque na volta 55, Vettel e Robert Kubica (BMW) se tocaram na pista, bateram no muro em seguida e forçaram uma segunda entrada do Safety Car. A corrida terminou com o carro de segurança recolhendo-se aos boxes para que os pilotos recebessem a bandeirada.
A segunda etapa da Fórmula 1 acontece no próximo domingo, dia 5 de abril, em Sepang (Malásia).
Classificação da prova:
Pos Piloto Equipe Distância
1 Button Brawn GP 1h34min15s784
2 Barrichello Brawn GP a 0s807
3 Trulli Toyota a 1s604
4 Hamilton McLaren-Mercedes a 2s914
5 Glock Toyota a 4s435
6 Alonso Renault a 4s879
7 Rosberg Williams-Toyota a 5s722
8 Buemi Toro Rosso-Ferrari a 6s004
9 Bourdais Toro Rosso-Ferrari a 6s298
10 Sutil Force India-Ferrari a 6s335
11 Heidfeld BMW Sauber a 7s085
12 Fisichella Force India-Ferrari a 7s374
13 Webber Red Bull-Renault a 1 volta
14 Vettel Red Bull-Renault a 2 voltas
15 Kubica BMW Sauber a 3 voltas
16 Raikkonen Ferrari a 3 voltas
- Massa Ferrari a 12 voltas
- Piquet Renault a 33 voltas
- Nakajima Williams-Toyota a 40 voltas
- Kovalainen McLaren-Mercedes a 57 voltas
Volta mais rápida: Rosberg, 1min27s706
