A Conmebol pretende punir os times brasileiros que escalarem um time considerado reserva na Copa Sul-Americana. Segundo Hildo Nejar, diretor da comissão técnica da Sul-Americana, a entidade paga, e caro, para ter em campo os principais jogadores. "O pronunciamento dos treinadores das equipes dizendo que elas serão reservas é lamentável. É uma competição internacional e a Conmebol paga US$ 100 mil (cerca de R$ 184 mil) para os clubes nesta primeira fase e paga para entrar em campo a equipe principal, não os reservas", disse o dirigente em entrevista ao canal Sportv.
A bronca do dirigente é com Fluminense e Flamengo, que jogam nesta quarta-feira. Em seu primeiro encontro em uma competição internacional, o Fluminense terá um time de reservas e o Flamengo vai poupar alguns jogadores, entre eles, o atacante Adriano. "Vamos aguardar o que vai acontecer para tomar uma posição", avisou o dirigente que vê prejuízos para a Conmebol, para a TV e para os próprios clubes com a atitude.
Na opinião do dirigente, não vai adiantar os clubes alegarem que os jogadores que estão em campo estão entre os 25 inscritos e que, portanto podem jogar.
"Eles inscrevem 25 jogadores. Claro que todos estão aptos a jogar, mas todos sabem qual é o time reserva e qual é o titular", afirmou. Segundo o dirigente, a Conmebol estuda fazer mudanças no calendário e premiar o campeão da Sul-Americana com uma vaga na Libertadores do ano seguinte. O Internacional, campeão da última edição, disputou dois títulos por causa da conquista em 2008: a Recopa Sul-Americana (perdida para a LDU) e a Copa Suruga (vencida sobre o Oita Trinita).
Por Alessandro Perin (www.capitalnews.com.br)