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Esporte Sábado, 30 de Janeiro de 2021, 10:09 - A | A

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Troca de Comando

Estevão Petrallás se afasta da presidência do Operário e ataca Federação

Dirigente deixa posta após seis anos com título de 2018 como principal feito

Rogério Vidmantas
Capital News

Anderson Ramos/Capital News

Operário

Reunião em que Petrallás e Cel. Nelson pediram afastamento do comando do clube aconteceu essa semana

O Operário FC terá novo comando após seis anos sob a responsabilidade de Estevão Petrallás. O até então presidente do clube campo-grandense apresentou nesta semana uma carta com seu pedido de afastamento por seis meses, segundo ele, por motivos particulares. Junto com Petrallás, o vice-presidente coronel Nelson Antônio da Silva, primeiro na linha sucessória, também deixa a diretoria, esse definitivamente. O posto será ocupado neste período pelo também coronel Edilson Osnei Nazareth Duarte, presidente do Conselho Deliberativo, conforme prevê o estatuto do Galo.

 

Segundo nota oficial do clube, a intenção de Petrallás era pedir agora o afastamento definitivo, mas optou pelo afastamento por uma questão jurídica. “Se ele renúncia, o Cel. Duarte só é efetivado como presidente depois de toda a documentação ser registrada em cartório, o que demora no mínimo uns 30 dias. Nesse período o clube não pode registrar contratos de jogadores no BID da CBF, por exemplo. Como estamos na definição do time que irá disputar o Estadual 2021 isso fica impraticável. Outro ponto: o Estevão não volta para o Conselho porque nunca saiu de lá. Pelo Estatuto, nosso Conselho Deliberativo não é eleito. Dele faz parte todos os sócios patrimoniais. A eleição é apenas para a diretoria do Conselho”, explica o comunicado.

 

Oxigenação

 

A saída da presidência do Operário é justifica por Petrallas para cuidar melhor da saúde e se reorganizar financeiramente já que, segundo ele, ocupar o cargo exige muito e está na hora de ficar mais perto da família. Ele alegou também que a mudança, agora, pode fazer bem ao clube. “Chegou a um ponto que esse time precisa voltar a ter dirigentes sérios e competições de forma decente e organizada. O Operário pensa diferente e nós precisamos colocar alguém para oxigenar. Nós vamos dar o apoio que eu não tive no começo. Depois de 21 anos, o Operário volta e se torna o maior time de MS. É um clube que tem que ter dias melhores”, disse.

 

Petrallás assumiu o Operário em 2014 e a primeira ação foi recolocar o clube no futebol profissional. Disputou a Série B daquele ano sem sucesso, mas conquistou o acesso no ano seguinte. Na volta à Série A, ficou entre os quatro primeiros em 2016 e 2017 e levantou a taça em 2018, após 21 anos de espera. Nas competições nacionais, porém, não teve sucesso, caindo na primeira fase na Copa do Brasil, Copa Verde e Série D do Campeonato Brasileiro.

 

Críticas à Federação

Anderson Ramos/Capital News

Estevão Petrallás Operário

Estevão Petrallás mostra carta com o pedido de afastamento da presidência do Galo

Estevão Petrallás é um dos vice-presidentes da atual gestão da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS). Mesmo assim, o dirigente apontou o dedo para entidade nas últimas falas como presidente do Galo. “A Federação está em outros tempos. A época do coronelismo mudou e algumas pessoas não perceberam isso. Nós queremos progresso. A crítica não é contra a pessoa, mas é contra a gestão, porque entra ano e sai ano e é a mesma. Os clubes hoje estão pobres e a Federação está rica. O Operário é maior que a Federação”, afirmou.

 

Dirigentes do clube têm feito seguidas críticas à Federação após a desclassificação do clube nas quartas de final do Campeonato Estadual por ter utilizado um jogador irregular, perdendo a vaga na semi para o EC Comercial, principal rival. Sem citar o nome, o ex-vice Cel. Nelson disse que o mandato duradouro de Francisco Cezário seria um dos problemas do atual momento do futebol sul-mato-grossense. “A Federação precisa dessa mudança urgente, porque ela não representa mais os clubes da forma como tem que representar. A Federação precisa de uma alternância da sua gestão. A política do ‘quanto pior, melhor’ não pode mais existir”, completou.

 

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